Tuesday, August 12, 2014

Sem rodeios, a situação é esta...

Não vale a pena estar com rodeios, a mensagem é urgente, o conteúdo é inevitável na minha opinião.
A crise a que este blogue se referia desde 2004 e que começou oficialmente em 2008 vai desenrolar-se até 2027, sendo que a sociedade apenas dirá que se livrou da mesma por volta do ano 2032.
Não é futurologia, nem astrologia, nem bola de cristal.
É a inevitabilidade de um caminho que já não pode ser descaminhado.
Poderão perguntar se é possível a economia piorar durante tanto tempo. Bem sei que não pode, de facto acredito que a economia recuperará algum folego até 2016, mas a crise, enquanto fenómeno, tem várias facetas, e as piores ainda estão para vir.
Dirão os novos leitores do blogue que sou catastrofista e que me baseio em coisa nenhuma para fazer estas previsões.
Tomara que estejam certos, mas aconselho vivamente a leitura do blogue desde a sua concepção, e depois releiam este texto com o mesmo estado de espírito.
O que mais me impressiona são as sementes do que está para vir que acabaram de germinar, sendo possível antever o que irá suceder com uma clareza até aqui inexistente.
Lanço o desafio de referirem eventos actuais que levarão ao auge da crise nacional e global, no inicio da próxima década.

Wednesday, July 30, 2014

6 anos depois eis que volto, com outro desafio

1:11 minutos do dia 30 de Julho de 2014.

6 anos, 4 meses e 13 dias depois da última mensagem.

9 anos, 8 meses e 14 dias depois do primeiro post no blog.

Eis que volto.

Era impossível não voltar, exactamente 100 anos depois do início da Primeira Guerra Mundial.

Os tempos que mediaram entre o último post e hoje (entre 2008 e 2014) confirmaram 90% do que foi previsto aqui desde 2004. Foi a crise financeira mais grave de toda a nossa história recente, e ainda não terminou.

Mas o que quero dizer agora é bastante diferente.

Quero falar dos próximos 15 anos e das mudanças radicais que irão ocorrer no nosso modo de vida e na nossa visão do mundo.

Só volto porque o caminho que vamos percorrer é muito claro para mim, com muito poucas dúvidas e com pouca margem para sair do trilho.

Só volto porque o desafio que se coloca agora é outro. Não financeiro, não de capital, não de património.

Só posso comparar o momento actual com a janela de oportunidade que alguns judeus tiveram para fugir da Alemanha. Ou se faz, ou se fica para trás.

Resta saber se sobrou alguém aqui que me queira ouvir!

Monday, March 17, 2008

O Fim da História... e do blog

Desde há 4 anos que este blog existe para alertar para a crise grave que se adivinhava.
A teoria da conspiração posta em prática dando a entender que não entendemos nada do que nos rodeia, mas o que aqui foi tentado foi uma teoria de acção económica baseada exclusivamente na conspiração de que todos somos vítimas, sobretudo quando nos colocamos de um lado ou de outro do espectro político.
Mas já nada disso interessa agora.
Aconselhei a compra do ouro e da prata quando eles estavam a 380 e 9 dolares cada. Hoje, o ouro ultrapassa os 1000 e a prata mais de 20.
Falei da crise do subprime em Fevereiro de 2007 quando hoje é aceite pelos economistas malucos que esta começou a 9 de Agosto de 2007.
Falei dos colapsos da bolsa quando tudo estava em grande para os especuladores e falei do aumento brutal dos juros quando estes ainda estavam a descer.
Falei no petroleo a 100 dolares quando este andava abaixo dos 30.
Falei no fim do império económico americano quando todos ainda acreditavam que este estava a ganhar poder.
Falei na abertura da bolsa de petroleo iraniana há mais de 2 anos e disse sem rodeios que o dolar iria colapsar sem qualquer pudor. Nem imaginam os maisl que recebi a dizer-me que não sabia o que dizia pois os EUA nunca iam deixar isso acontecer.
Em Fevereiro de 2006 lancei criticas ao atrasado mental do presidente da Associaçao Portuguesa de Bancos que aconselhava os portugueses a deixarem nas maos dos bancos o investimento das suas poupanças dando como exemplo ser uma excelente altura para comprar dolares. Chamo-lhe atrasado mental tal como lhe chamei na altura, simplesmente porque se lhe chamar ladrão é possível que me coloque um processo de difamação, apesar da História ter mostrado quem tinha razão.
Enfim, falei de tudo e mais alguma coisa e foi apelidade e rotulado de tudo e mais alguma coisa.
Tive grandes elogios de comunistas ferrenhos e de gente bem incorporada na extrema direita nacional.
Quando lhes disse que estavam muito confusos, nunca mais disseram nada e abandonaram definitivamente este blog, como se o que aqui digo deixasse de ter validade por não ter a mesma ideia politica que eles.
Quer uns quer outros querem que o Estado obrigue estes a fazer isto ou aquilo e eu só quero que o Estado nos deixe em paz. Aqui confesso que perdi, o socialismo, de extrema direita ou extrema esquerda ganhou e está na moda, o estado ameaça ajudar as familias sobre-endividadas e os verdadeiros culpados da crise, os bancos, conseguiram livrar-se de ser eles a pagar a crise e ainda por cima por o zé povinho a aplaudir. Noutros tempos mais anarquistas, esta gente era dizimada pelo mercado e nunca mais arranjaria emprego na area. Os seus bancos iriam à falencia e os outros aprenderiam com os erros como aconteceu em 1929. Assim, com os Estados a salvaram os bancos, os culpados saem ilesos e os cidadão bem comportados, que nao se endividaram é que pagam a crise. Enfim.
Mas serve este post para colocar um ponto final.
O aviso foi dado a tempo e horas, quem levou certos conselhos a sério e tomou atitudes sem se resignar à frase "É a vida", hoje tenho a certeza que está bem apetrechado para enfrentar a crise que se avizinha. Os outros não sei.
Com a crise a chegar oficialmente, como hoje aconteceu, este blog torna-se redundante e perde a sua mais importante característica, o estar dois passos à frente. Agora falar da crise é banal e dizer que já se tinha antecipado isto há 4 anos atrás não tem qualquer impacto.
É por isso altura de andar em frente e deixar este blog, com as datas bem explicitas, como um testemunho vivo do que foram anos e anos de trabalho e preparação, de investigação em fontes obscuras e longinquas dos holofotes dos mass media corruptos.
O que se segue ainda nao sei bem o que é, mas sei que vai estar 2 passos à frente também.
A preparação para a crise já teve de ter sido feita, quem não a fez, prepare-se para o pior. Agora começam a chegar as noticias das oportunidades, pois numa crise nem tudo pode ser mau.
Estando preparado para a crise que aí vem (e atenção que ainda nem chegou!!) podemos estar tranquilos que a nossa hora pode estar para chegar.
Outro blog ou coisa do género virá a curto prazo mas sem fazer qualquer referencia à crise que estamos a viver. Nem mesmo que estale uma guerra civil na nossa rua, o que tinha de ser dito já o foi. Agora veem os investimentos, a saída da crise, o agarrar das oportunidades que vão surgir e isso tem de ser dito noutro local.
Espero dar novidades em breve, até lá não hesitem em contactar-me para o mail saberaverdade@yahoo.com
Foi um prazer!

Monday, November 26, 2007

Reality-check

A realidade chegou quase sem avisar aos mercados financeiros. Os bancos e os consumidores americanos têm finalmente algo em comum, estão afogados em dívidas e o mercado habitacional americano não os deixa vir à tona respirar.
O Dow Jones está agora abaixo da média móvel dos 200 dias, o primeiro sinal de “venda”.
Os analistas pensam que qualquer coisa abaixo dos 12500 poderá despoletar vendas automáticas por parte do software usado para automatizar as ordens de bolsa, com o consequente crash do mercado.
Estamos a assisir a um colapso em tempo real.
A tempestade do crédito que assolou os EUA assola agora já todo o mundo, com a Ásia a ser a última a reconhecer isso, tendo até agora passado ao lado desta crise mas revelando os primeiros sintomas da doença com os rendimentos de depósitos a prazo a três meses na China e na Coreia a descerem a pique nos últimos dias para perto de 1%, com o consequente pânico e a retirada do dinheiro de aplicações de mais alto risco.
Terça-feira o governo chinês suspendeu totalmente o crédito bancário numa tentativa de parar a tempo uma autêntica bolha criada nos mercados financeiros.
Na Europa, o mercado interbancário de baixo risco das “covered bonds” foi suspenso o que denota o imenso nervosismo que reina entre os protagonistas financeiros. Assim, o mecanismo de conversão de bonds em dinheiro colapsou.
Jon Basile, economista do Credit Suisse afirma : “Existem imensas más notícias aí fora”.
Na California o governador Schwarzenegger juntou-se a 4 entidades financeiras e congelou as taxas variáveis (ARM) para alguns dos devedores de maior risco. Tenta assim evitar um colapso do mercado imobiliário da Califórnia cuja liquidez desceu mais de 40% nos últimos 2 meses com uma queda de preços da ordem dos 12%.
Com os preços das casas a descer e os empréstimos com carência de capital (onde só se paga juros e o capital em dívida permanece intacto) a subirem cada vez mais, não existe qualquer motivação para os que contrairam empréstimos os continuarem a pagar, pois nada da sua prestação está a amortizar o crédito pedido.Legislação vem a caminho juntamente com ajudas e mais ajudas que serão sempre os contribuintes a pagar em vez dos verdadeiros causadores da crise.

Thursday, September 06, 2007

Aos bancos centrais ! Falta solvência, não liquidez...

Está sempre tudo na mesma enquanto tudo está sempre a mudar. Gente que vai e vem, tal qual as bolhas económicas.
Parece que os humanos chegaram onde chegaram fruto de milhões de anos de selecção natural. Fomos moldados pela circunstância do nosso ambiente, tal como as girafas e os camaleões foram moldados pelos ambientes deles... e pelo acaso.
Aqui no blog, observamos os humanos como botânicos observam flores. Vemo-los crescer e florescer e registamos as mudanças das suas vidas.
Às vezes são temerários e destemidos, às vezes até temem o vento que lhes sopra nos cabelos e resolvem enclausurar-se neles próprios.
É que as circunstâncias mudam, estão sempre a mudar e os humanos raramente ou nunca as acompanham com a mesma velocidade. As pessoas hoje são mais ou menos iguais às que tomaram a Bastilha, erigiram as pirâmides ou cruzaram o estreito de Bering vestidos com peles. Estão sempre a tentar conseguir muito por pouco, e ficam extremamente decepcionadas quando percebem ser impossível. É por isso que criam o seu próprio ciclo de tentação, falhanço e arrependimento, repetindo-o vezes sem conta desde o príncipio dos tempos até hoje de manhã.
O que é hoje diferente é que nunca se viu padrões económicos e financeiros repetidos a tão grande escala como agora. Nunca tanto dinheiro procurou tantos bens e serviços, nunca os bancos centrais tiveram tanto poder para distorcer o mercado, nunca as pessoas tiveram tantas possibilidades de se submergirem em dívidas, nunca os “capitalistas” puderam comprar tanta corda para se enforcarem, a crédito. E nunca tantas instituições vieram tão rapidamente em seu auxílio.
E estávamos já nós de bata vestida para assistirmos ao último suspiro, às últimas convulsões e espasmos quando os bancos centrais vieram cortar a corda, na América cortando as taxas, na Europa não aumentando as taxas, distribuíndo mais crédito e dinheiro a quem menos merece.
Mas como sempre achamos que se vai passar exactamente o mesmo neste ciclo que se passou sempre em todos os outros, quando o dinheiro é abundante e fácil, o homem usa-o estupidamente.
Cometem-se erros que gradualmente se acumulam até que as correcções se tornam inevitáveis. E aqueles que esperavam ter muito por nada, e que até pareciam estar a consegui-lo enquanto tudo funcionava bem, ficam à espera de ajuda e salvamento quando se vêem afinal sem nada.
E o salvamento chega, alivia as dores e um novo folego surge, o doutor chegou mesmo a tempo.
O mercado accionista americano atingiu um máximo a 19 de Julho, terá sido o máximo possível por causa da bolha de crédito norte-americana, ninguém sabe. Mas sabemos que as acções desceram pouco, menos de 10% dos máximos históricos. Um mês depois foi atingido um mínimo para esta crise e tem vindo a recuperar desde então.
- Tudo está bem, gritaram todos em uníssono.
Mas nada está bem na verdade. O problema basilar do mundo financeiro é que padece de um síndroma que a moderna medicina financeira não pode curar. Se tudo se resumisse a um simples problema de liquidez, os bancos centrais resolveriam o caso amanhã mesmo.
O problema não é a liquidez, é a insolvência, causada por demasiado crédito, não pela falta dele.
Pessoas, empresas, países, os devedores devem mais do que podem pagar. Pedir mais emprestado não resolve o problema apenas o adia, talvez mesmo o disfarce, mas nunca o resolverá.
Nada é mais destructivo para uma economia do que dinheiro fácil. Multiplica os erros mais comuns e aumenta os estragos causados.
A maior fonte de dinheiro fácil é o dólar. O Fed imprime dinheiro como se não houvesse amanhã e até já deixou de publicar o seu índice M3, que mede a totalidade do dinheiro em circulação, para ninguém se assustar. Mas existe ainda quem meça este valor em privado e chegue a conclusões que não devem ser lidas nas próximidades de objectos cortantes. De facto a massa monetária americana aumenta 13% ao ano, 4 vezes mais do que o PIB americano, e na Europa anda quase nos 10%.
E muito dinheiro para todos nunca é boa ideia.
Os jornais falam-nos agora que é a Venezuela a descobrir isto da pior maneira. O dinheiro fácil venezuelano veio do boom do petróleo e permitiu a Hugo Chavez dar asas aos seus delírios azuis derivados da sua admiração por Trotsky e Guevara. Por isso, agora os preços no consumidor sobem 16% ao ano e certos produtos são impossiveis de encontrar mesmo a qualquer preço. O bolívar, a moeda venezuelana cai mais de 30% ao ano e no mercado negro o decadente dólar ainda vale 4750 bolívares.

Saturday, August 11, 2007

Agora é que começa a dar gozo, agarrem-se

Só agora todos ficam boquiabertos ao constatarem o facto das empresas de credito de alto risco (subprime) terem sobrevivido os ultimos meses artificialmente com injecções de capital provenientes dos grandes bancos da praça, ávidos de investirem em tao lucrativo sector.
E há muitos meses que aqui alerto detalhadamente para o crash do imobiliario e do subprime nos EUA e desde o inicio deste blog em 2004 que alerto mais generalisticamente para um crash financeiro de proporçoes inimaginaveis que aí está para vir.
Esta é a primeira grande tempestade de um inverno que se aproxima a passos largos e avassaladoramente pesados.
Assim, avizinham-se mais surpresas para os media e publico em geral para os próximos meses.
O espalhar da crise para os mercados de crédito comuns é inevitável ao invés do que disse o secretário do Tesouro norte americano que deveria agora ser confrontado com tais afirmações. De facto, o subprime falido estava suportado por divida à banca comum que agora também fica vulneravel perante tal terramoto. Juntem agora a falta de liquidez destes bancos que necessitam como de pão para a boca de novos clientes num mercado já saturado e em declinio, com a necessidade de controlar melhor a concessão de crédito e apertar as regras para não cair no mesmo erro das subprime. Inevitavel portanto o alastramento.
Alem disso, esta crise lança o fantasma do risco nos mercados, levando os investidores, especuladores ou o que lhes quiserem chamar a correr menos riscos e a tornar o mercado financeiro muito menos liquido exactamente numa altura em que este necessitava do contrário.
Por isso, a economia americana vai começar a viver um periodo em que todas as opçoes que pode tomar sao más.
Como se nao bastasse os chineses, atraves de um alto funcionario do Partido Comunista ligado às finanças, alertou os EUA para a iminencia de uma guerra economica em grande escala caso as tarifas aduaneiras dos States nao fossem flexibilizadas, ameaçando mesmo usar as astronomicas reservas de dolares para influenciar a economia americana e força-la a ceder, pois sem consumo e sem exportaçoes a America fica condenada ao desaparecimento.
Depois entram em cena os Bancos Centrais europeu e norte americano inundando o mercado de liquidez de modo a proteger o mercado financeiro e assegurar que o verdadeiro capitalismo nao triunfe sobre o intervencionismo e varra de uma vez por todas a imundicie financeira mundial. O intervencionismo na economia está na moda e os carteis bancários dele beneficiam.
Assim, vivemos um periodo em tudo semelhante ao pré crash de 1929 mas com muito mais agravantes. De facto, o racio entre os 0,01% mais ricos e os 10% mais pobres que desde 1929 até meados dos anos 80 andou nos 180-1, está agora em níveis de 880-1. Imediatamente antes do crash de 1929 era de 850-1.
Na altura o mobil do crime foi o mercado de acções, hoje, como já venho alertando desde há muito, é o imobiliario. Mas a maior diferença de todas é que na altura os EUA eram uma potencia em ascensão rápida, hoje sao um império em franco declinio, com todos os problemas e sintomas que um imperio em declinio tem, uma moeda a desvalorizar abruptamente, a falta de confiança na sua moeda no estrangeiro, uma revolta dos estrangeiros contra tudo e todos os que representem esse imperio decadente e sobretudo, interminaveis e esgotantes guerras na periferia do império, um estado de guerra permanente.
Afinal, nothing lasts forever...

Friday, August 10, 2007

Crise !? Onde é que eu já ouvi isto ??

É oficial, já toda a gente fala disso, a crise do hipotecário subprime nos EUA arrasta todos com ela, o Reino Unido e a Alemanha já estão praticamente em pânico e Portugal nao é excepção, ver a noticia de hoje do sapo http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/P581tPAH5GLteeg7NaFzuA.html

Depois leiam o meu post de 13 de Março de 2007 ao mesmo tempo que vos asseguro que nao sou bruxo. Mais uma "profecia" cumprida, seguem-se as outras.

Foi um prazer...

Sunday, August 05, 2007

Capitalismo selvagem ou pura democracia ??


Hoje ficámos a saber da anunciada subida do preço do leite, talvez em 10%. Os consumidores só podem mesmo é bufar mais uma vez e deitar as culpas para cima dos especuladores leiteiros que em vez de se preocuparem em produzir mais e melhor preocupam-se em fazer subir o preço do leite de modo a ficarem com mais uns bons euros vindos directamente dos nossos bolsos. Mas esta subida tem tante de perversa como de sintomática em relação aos tempos que vivemos. Afinal de contas esta subida deu-se este ano, depois das cotas de produção leiteira terem sido instituídas pela mão dos políticos podres da nossa uniao europeia e depois de termos assistido o ano passado à nojenta destruição de milhares de litros de leite por motivos de excesso de produção bem como ao pagamento de uma multa de 129.000 euros dos bolsos de todos nós à respectiva uniao.

Isto demonstra a perversidade de fixarmos administrativamente os preços, e da incompetencia e total ignorancia da classe politica.

Agora querem obrigar as novas construções em Lisboa a incluirem 25% de habitação a custos controlados. Aí já está toda a gente de acordo, com o leite é que nao. Quando o preço de mercado começar a subir para compensar as perdas é que quero ver.

Sempre que o mercado normal é violado sadicamente pelos politicos e pela fraca capacidade de raciocinio das massas que os apoiam, há porcaria.

Nas gasolineiras o acesso ao alvará era brutalmente condicionado e tivemos por isso a ascensao de um monopolio em cartel por parte das maiores petroliferas. Com a maior liberalizacao começa enfima a haver alguem que os desafia e oferece combustiveis a preços mais economicos para todos nós. Pena é ter sido apenas desregulamentado depois de consolidados os monopolios cartelizantes dos big players.

Na saúde, o governo mexe, remexe e volta a mexer nos preços fixos, preços livres, subsidios e tudo o mais e os seus preços nao param de crescer, com prejuizo para todos nós. Só agora começam a haver algumas pequenas baixas de preços com os hipermercados, isto é, onde há concorrencia a coisa começa a funcionar.

Nos telemoveis (aparelhos) e nas impressoras ( e em quase todo o material informatico) onde há uma completa desregulamentação do mercado, estes são quase dados. Nenhum estado obrigou os fabricantes a baixar os preços por causa dos pobrezinhos e mesmo assim quase todos os pobrezinhos têm telemovel.

Depois falam em privatizações como se estivessem a fazer alguma serviço publico quando apenas estão a autorizar um monopolio para uma empresa ou pequeno grupo de empresas. As privatizações sao apenas socialistas com sede de dinheiro e sem vontade nenhuma de trabalhar, pois com concessoes do estado nao precisam dispender muito esforço para a coisa ser lucrativa.

Ainda agora nos EUA, com o programa Medicare, onde o governo começou a intervir na area da saude à grande, o paradigma do atraso mental, Bush, conseguiu quadriplicar o gasto com saúde do estado e duplicar o dos cidadaos. Regulamentou, restringiu, concessionou e subsidiou e deu tudo para o torto.

Incrivelmente foi sempre com o mercado desregulado, caótico como diriam os defensores da intervençao do estado na economia, foi sempre nessas alturas que o progresso realmente se deu, que o nivel de vida dos cidadaos comuns melhorou mais. Antes da 1ª grande guerra, entre a 1ª e a 2ª guerra, quando estava tudo entregue à bicharada sem leis nenhumas, as verdadeiras economias de mercado dispararam a sua produtividade, e depois da 2ª guerra, nas mesmas condiçoes.

Na idade media, sem o controlo apertado do estado e apenas com um imposto fixo em vigor, um simples servente de pedreiro ganhava o equivalente hoje em dia a 13.300€ mensais, trabalhava 8 horas diárias e folgava ao domingo. Até saíram imensas leis que proibiam as classes não nobres de vestirem cetim, veludo e joias de modo a nao se confundirem com os nobres da altura. Eram do povo mas podiam comprar estes artigos de luxo. Raramente nos dizem isto.

Nem precisam de vir com a historia dos vossos avós que viviam na miseria porque sob uma ditadura o intervencionismo ainda mais se faz sentir.

Por fim temos o exemplo do bloco sovietico onde se vivam em miseria total no entanto tinham tecnologia de topo a nivel espacial e de inteligencia, os serviços secretos. Isto é, quando o estado dominava a economia era uma desastre completo, de qualquer modo os comunistas orgulham-se das tretas espaciais e dos jogos de espionagem esquecendo-se que só eram bons porque no fundo tinham concorrencia vinda dos EUA.

Com uma lei das rendas que obrigou os senhorios a congelarem os preços desde 1918, para agradar aos soldados que regressavam da guerra sem trabalho e sem casa, tornou-se a cidade de Lisboa numa cidade com imensos predios devolutos, a cair de podres e tudo o mais por ser impensavel para um senhorio colocar a casa no mercado sujeito a novos congelamentos, como depois veio a acontecer por mais 4 vezes até aos nossos dias. Com rendas de 10€ não é possivel obrigar ninguem a fazer obras. Claro que isto agradou aos bancos que emprestaram dinheiro a toda a gente para a compra de casa. Temos um caso clássico em que a classe burguesa, os proprietarios, perdeu contra outra classe burguesa, os bancos, deitando assim por terra a teoria da luta de classes. Existe sim luta de interesses, e se o estado regulamenta essa luta de interesses está a administrativamente dar a vitoria a uma dos lados que pode nem ser o mais eficiente ou benéfico para todos nós, consumidores, como geralmente nunca é. De facto, as concessões e privatizações têm como principal objectivo conceder monopolio, sozinho ou em cartel, a empresas que no mercado concorrencial nao sobreviveriam de tao pouco eficientes que são.

A concorrencia faz pensar, evoluir, colocar o maior numero de produtos ao alcance do maior numero de consumidores e o intervencionismo provoca distorçoes, monopolios, estagnação.

Tuesday, July 17, 2007

E agora? o que têm a dizer sobre isto???


Desde meados de 2004 que este blogue se preocupa com os destinos financeiros mundiais e de como esses destinos já estão traçados há imenso tempo por gente que já aqui falámos centenas de vezes.

Tem sido uma tarefa que requer estudo, oportunidade e muito tempo pois quem assim desenhou o nosso futuro fê-lo de modo a ser dificilmente descoberto para que os seus ganhos fossem exponencialmente maiores. Percebe-se.

Temos aqui falado inumeras vezes dos paralelismos entre 1929 e os dias que se vivem, delineando uma imagem o mais aproximada possivel da gigantesca grande depressao que se avizinha e de como nos podemos proteger contra isso.

Quem estuda economia sabe que nos momentos anteriores a um grande crash começam a ser lançadas nos media de massas noticias sobre um possivel estoiro da bolha, noticias que servem muitas vezes para detonar esse estoiro, lançando o medo necessário a um pânico geral de modo a criar o sentimento de venda.

Penso que esse momento está a chegar, 3 anos depois de aqui o termos começado a prever, e depois destas teorias serem apelidades de catastrofistas, irreais, ingénuas e sem conhecimento de causa. Depois de ouvir inumeras vezes entendidos afirmarem que nunca se repetirá nada parecido com 1929 pois o Homem e sobretudo o Homem Economicus, diria mais o Homem Financeirus, terá arranjado maneira de construir e aperfeiçoar o sistema de modo a torna-lo imune às mais básicas regras económicas que sempre regeram o universo.

Então vejam o que é que o portal msn.com tem na sua primeira página de hoje. Vejam o printscreen que fiz e destaquei com um circulo vermelho.

Nada menos do que 5 noticias só sobre o crash iminente e os paralelismos com 1929. Toda a area de economia, o msn money, está tomada por estas noticias.

Lembram-se do Pedro Caldeira, o corretor de bolsa que em 1989 desapareceu com 2 milhoes de contos dos seus clientes? Lembro-me de o ouvir dizer que tomou a decisão de dar o piro quando viajava de taxi e o seu taxista sem saber quem ele era, se pôs a dar palpites sobre o mundo financeiro, mostrando-lhe que já todos falavam disso sem sequer saberem do que estavam a falar. Exactamente como eu me sinto agora...

Wednesday, June 20, 2007

Isto é um pátio nao se passa nada...

Mal sai a noticia de uma qualquer tempestade mais forte lá fora, diga-mos em Espanha ou na França, ou até mesmo nas nossas ilhas, saímos à rua e começamos logo a ouvir dizer bastas vezes, - Será que chega para cá?
Por isso, depois de tanto falar dos EUA, das suas crises, da China etc e tal, deve vir à cabeça de muitos essa mesma frase aplicada, está visto, às tempestades financeiras globais. Será que chega cá? Afinal sempre ouvimos dizer que quando a economia americana espirra, o mundo constipa-se. Mas debrucemo-nos um pouco sobre o velho continente para ver ao perto como vai evoluir isto por aqui.
Primeiro temos noticias péssimas vindas do nosso país irmao, ou vizinho como prefirirem. É que por lá o imobiliário também já rebentou, espelhando minuciosamente o que se passa nos EUA. Os espanhois conseguiram fazer pior que nós em termos de endividamento e subiram de 75% em 1995 para 133% no ano passado, nós "ainda" só vamos em 125%. O seu défice na balança de pagamentos é mais de 3 vezes o da França e no mundo apenas os EUA conseguiram fazer pior. A tendência dos juros a subir desenfreadamente não auguram nada de bom para o futuro. E aqui reside o fulcro dos próximos tempos para a união europeia, preve-se já a primeira grande crise sistémica na Europa do euro. Temos agora a Europa a 2 velocidades, talvez mesmo a 3 velocidades se isolarmos o crescimento dos países de leste. De um lado temos as fortes tendências de crescimento das economias alemã e holandesa, contra a tendencia inversa dos espanhois, portugueses, irlandeses, gregos, italianos e até mesmo franceses. Ora, tendo nós conhecimento que o Banco Central Europeu é um instrumento alemão, pouco eles se vão preocupar com as necessidades especificas dos países atrasados do Sul e hão-de continuar a subida incansável dos juros, agravando enormemente a situação dos endividados. É um problema que se costumava viver na politica agricola comum, termos um comissário finlandês a ordenar aos agricultores portugueses o que cultivar. Só que com dinheiro não se brinca e devia ser por isso que o premio nobel da economia, Milton Friedman, dizia que a banca central era demasiado importante para ser deixada aos banqueiros. Assim, antevê-se uma crise verdadeiramente incómoda no seio do nosso continente, talvez assim ajudando o dolar a flutuar mais uns tempos antes de ir ao fundo.
A juntar à festa temos a quase implosão do sistema monetário dos países do báltico, especialmente a Letónia onde a esfera de influência sempre foi a Russia, as moedas locais estão super-inflacionadas para se prepararem para o euro e temos assim cidades tão caras como as mais caras da Europa mas com salários de apenas 150€. O mercado negro é enorme e estes países tornaram-se quase estados satélite da máfia russa. E quando esta bolha rebentar veremos muitos empresários da zona euro completamente à nora quanto aos avultados investimentos feitos na "infalivel" bolha do báltico. E depois sim, será bom para investir, claro está, com a permissão dos mais respeitáveis mafiosos da região.
Assim, os tempos tambem nao vao ser faceis para todos nós, espera-se turbulencia para o euro embora com boas perspectivas no longo prazo. Ainda não é já que podemos rir na cara dos americanos, embora sabendo que eles estão muito piores que nós.

Tuesday, June 12, 2007

R.I.P.

Depois de muito tempo sem escrever, os escritos anteriores podiam ter deixado de fazer sentido nao fosse a realidade confirmar praticamente tudo o que se tem vindo a dizer. Mas o que me leva a voltar ao trabalho aqui no blog é o lançar de um novo grito de alerta para os tempos de mudança que temos andado a viver, mudanças de fundo no contexto geopolitico, economico e financeiro. De facto, urge perceber o que se passa para se entender o que se vai passar, pois os grandes ganhos vêm do entendimento dos sinais dos tempos antes dos tempos mudarem de vez. Assim, o mundo teimosamente insiste em seguir um caminho já antes trilhado, não vamos nós insistir tambem em só nos apercebermos disso quando já nada houver a ganhar com isso. Mas entao, comecemos...
Da já afamada crise financeira global que tanto se tem falado aqui neste blog, temos sinais de tal modo fortes dados nos ultimos 3 meses que não podia ter deixado passar em vao. Meus amigos, pela primeira vez desde a I Guerra Mundial os EUA perderam o estatuto de centro financeiro mundial. Os mercados financeiros no final de Março totalizavam 11760 bilioes de euros nos EUA e 11819 bilioes na Europa. Nos ultimos anos os mercados americanos cresceram 70% contra os 160% dos mercados europeus. Claro que a depreciação do dolar nao ajudou nada, mas esta tendencia verifica-se tambem nas trocas comerciais mundiais, onde já em 2005 os europeus representavam mais de 50% de todo o comercio externo da Russia, 65% da Argelia, 31% do Irao (seguido pelo Japao com 12%), 20% da Arabia Saudita (contra apenas 16% dos EUA), 30% do Kuwait (contra apenas 11% dos EUA) entre muitos outros. Note-se que os EUA detinham os primeiros lugares em todos estes mercados por larga margem de avanço. A China ultrapassou mesmo os EUA como o 1º importador na Uniao Europeia. Este ajustar de forças geopoliticas e economicas está a acontecer agora e a uma velocidade estonteante, levando os habituais players do mercado a não reagir pois estão imobilizados com teorias e tendencias que funcionaram durante quase um seculo e que agora começam a valer nada.
Temos de juntar a isto a grave crise imobiliária nos EUA, que tem funcionado como uma caixa multibanco para cada familia americana endividada até aos cabelos com emprestimos sobre a habitação na expectativa da subida de preço do imobiliario, que já todos agora percebem não vai acontecer. Algumas das maiores instituições financeiras americanas já estão a falir, a 2ª maior de todas, a New Century, foi a falencia mais badalada mas outras aconteceram e muitas mais se esperam acontecer. De facto o problema já é grave o suficiente para fazer manchete em todas as cadeias de media americanas, em programas como a Oprah e por todo o lado. Os unicos a não admitir o gravissimo problema (gravissimo porque tudo está baseado em consumo privado e sem dinheiro não há consumo, logo esta crise nao tem resoluçao à vista) sao os big players financeiros e a propria reserva federal americana, ambos com muito a perder caso o admitam publicamente.
O Fed não admite a depressão pois isto obriga-lo-ia a baixar as taxas de juro, depreciando ainda mais o dolar e fazendo a moeda americana colapsar ainda mais depressa do que se tem apregoado, os bigs das financeiras porque é nesta onda que têm surfado nas ultimas decadas e nao sabem surfar noutras, alem disso ainda há muito dinheiro a ganhar com todo o maralhal que ainda acredita nos conselhos destes tubaroes financeiros.
Com isto tudo vem o dizimar por completo da classe média americana empurrando-os para baixo e roubando-lhes as poupanças. Preocupante é tambem a analise do racio de rendimentos entre os 0,01% mais ricos e os 90% mais pobres que desde 1950 tem andado entre os 170 a 180 e que de repente saltou para os 880 em 2005, niveis apenas vistos nos meses anteriores à grande depressao de 1929 em que o numero era de 891. O problema dos americanos é que 1929 aconteceu num contexto de crescimento da influencia dos EUA no mundo e hoje acontece exactamente o oposto. Por isso, em vez de termos uma grande depressao teremos uma enorme depressao. Num exemplo recente do deliberado esmagamento da classe média americana, a segunda maior cadeia de electronica de consumo, a Circuit City Stores, despediu 3400 trabalhadores, 8,5% do seu pessoal de loja que ganhavam entre 10-11 dolares por hora para contratar o mesmo numero de trabalhadores a um preço de 8 dolares por hora. As novas contrataçoes deram-se na America e com americanos, ou seja a classe média perdeu membros que passaram para a classe baixa, e a classe baixa ganhou trabalho pago como classe baixa e ainda recebeu mais membros fruto do desemprego ocorrido na classe média, um autentico downgrading social.
Com toda esta crise as falencias pessoais aumentaram exponencialmente, os casos de incumprimento bancário também e cada vez mais pessoas estão a perder as suas casas tomadas pelos bancos credores. Nos EUA o intervalo de tempo entre o incumprimento bancário e a perda do imovel é em média de apenas 3 meses. Não tem havido novas compras de imobiliario, os impostos sobre o patrimonio e as transacções imobiliarias tem descido a pique bem como as receitas fiscais relacionadas com o consumo. Na California e na Florida as receitas fiscais diminuiram pela primeira vez em 30 anos. As receitas dos impostos sobre os lucros das empresas têm descido vertiginosamente tambem. Isto vai levar a mais endividamento publico a juntar ao já obsceno endividamento americano, levando a mais uma queda do dolar.
Depois temos os iranianos a afirmar que mais de 60% das suas exportações já são feitas em moeda totalmente independente do dólar. Claro, temos o Irão fora todos os outros países que já só querem distancia do dolar, até mesmo da China.
Mas se tudo isto nao bastasse, sao os proprios numeros estatisticos a darem-nos a dimensao do problema. De facto os EUA entraram em recessão técnica em Maio. Não de acordo com o seu PIB expresso em dolares, mas quando analisamos os mesmos dados mas com as contas feitas em Euros, Libras, Yenes ou Yuans, o resultado é o mesmo, a recessão técnica. Ou seja, para a America existe crescimento, para o resto do mundo existe recessão. É a magia dos numeros a funcionar.
Por isso meus amigos, esqueçam tudo o que leêm e ouvem nas noticias, e se estão à espera de um crash bolsista lembrem-se que a quando a bolsa crasha é porque tudo o resto já caiu tambem.
Os EUA já eram, a missa já foi lida mas o mundo inteiro ainda mantém a ideia contrária e toma decisoes com esta base, ajudando os grandes tubaroes a planearem a sua fuga e deixarem o menino nos braços da classe média cega por promessas de infalibilidade do sistema e incorruptabilidade do imperio americano. Conversa tal e qual a imposta nas vesperas de 1929.
Nunca nenhum imperio sobreviveu para sempre nem nenhuma moeda sobreviveu mais do que 100 anos sem colapsar.

Thursday, April 12, 2007

O Golpe de Teatro Global


Como já aqui tinha afirmado, o futuro energético do planeta já está assegurado e esta crise petrolifera é apenas um golpe para ajudar a transiçao, para esta se tornar mais pacifica.

O problema das energias renováveis é serem baratas demais, o que retira o controlo e o lucro que os suspeitos do costume podem obter para tao grande mercado.

De facto, já aqui tinha dito que as grandes famílias, incuindo a do Bush, as grande petroliferas e as enormes fortunas já começam a deslocar-se para longe do petróleo e a abraçar fortemente a energia nuclear.

E estas guerras contra as armas de destruiçao massiça prende-se exclusivamente com a tomada do controlo absoluto deste recurso, de modo a centralizar toda a dependencia energética mundial numa unica agencia global, que condicionará, por "motivos de segurança" o comércio livre de combustivel nuclear, impossibilitando a qualquer naçao a gestao dos seus recursos energéticos sem o aval (e o pagamento de uma pequena taxa) deste orgao.

Só com o nuclear se pode controlar efectivamente toda a energia do planeta, as rotas de transporte de combustivel nuclear, as suas condiçoes de armazenamento e produçao e a sua venda, de modo que qualquer país que decida ter o seu próprio programa ou mesmo ter a sua própria produçao vai ser impedido pelas Naçoes Unidas, possivelmente invadido e o seu governo "democratizado". Tudo bem apoiado pela massa de cidadaos que caem mais uma vez na armadilha do politicamente correcto, sentindo-se inseguros caso fosse de outra forma.

O grande problema é que o nuclear, hoje em dia uma forma barata de produzir energia, quando totalmente controlado pelos nossos amigos, vai deixar de ser barato para passar a ser tao ou mais caro do que as soluçoes actuais. Nunca deveremos esperar uma reduçao nas facturas energéticas. Embora a energia continue a ser barata de produzir, vao surgir taxas e mais taxas, impostos para isto e para aquilo que apenas aumentam a margem de lucro de quem realmente controla o assunto, e nunca para o publico em geral.

Depois do golpe, pode-se deixar cair entao o petroleo como fonte de energia primordial. Até lá teremos um choque petrolifero, um aumento brutal do preço do petroleo, para depois nos ser apresentada a soluçao nuclear mais barata e mais limpa. Os preços voltarao a descer mas nunca ao nível dos actuais, coisa que se está a passar constantemente com o preço da gasolina.

Sempre aqui disse que a subida da gasolina era inevitavel, mas as pessoas esquecem o assunto mal a gasolina começa a descer de preço, ficando aliviadas e com esperança no futuro. Claro que isso nunca se verifica, a gasolina desce apenas para voltar a subir mais tarde, como que dando aos cidadaos um rebuçado enquanto se preparam para os fazer passar fome. As descidas de preço servem apenas para abrir caminho às subidas, nunca pensem o contrário.

No gráfico vemos a confirmaçao desta historia sobre o nuclear, com os preços do uranio desde 2002 até hoje. O padrao é fácil de perceber. E quando o uranio estiver suficientemente caro e todo o seu percurso controlado por uma agencia "independente", o golpe de teatro termina assim como a crise energetica global. Até lá ainda vamos penar muito...

Tuesday, March 13, 2007

Crédito, incidentes e gestores atrasados mentais

Quando começam a surgir em Portugal empresas de crédito especializadas em clientes com incidentes bancários, nos EUA, onde este conceito nasceu por volta de 1992, estas empresas começam agora a definhar e a falir arrastando consigo muito mais do que seria de esperar. A taxa de incumprimento dos clientes destas empresas anda na ordem dos 14%, levando os responsáveis até à beira de um ataque de nervos para simplesmente conseguirem sobreviver. Em Portugal, no entanto, o mercado dos incidentes bancários continua a crescer surdo aos avisos dos irmãos mais velhos americanos. Por cá são conhecidas as agressivas campanhas da GE Money, do banco Primus, até mesmo da Cofidis que se debatem por uma cada vez maior fatia do mercado de crédito, pois também existe um cada vez maior número de pessoas com incidentes na banca.
O problema é, no entanto, muito mais grave do que se imagina. Todas estes casos de incumprimento referem-se a empréstimos suportados pela habitação, com uma hipoteca, às vezes até mais do que uma. Como estas empresas se apresentam financeiramente débeis, sem suporte financeiro para aguentar muito tempo com estas taxas de incumprimento, a sua única solução é mesmo executar a hipoteca e colocar o imóvel no mercado para fazer dinheiro rápido. Isto obviamente acarreta graves problemas sociais e económicos, pois inúmeras pessoas estão agora em risco de perder as suas casas. Ora, colocar mais casas à venda num mercado já saturado de casas por vender e onde os preços estagnaram ou estão mesmo a descer será agravar a situação geral, forçando a um forte decréscimo no valor da habitação, colocando todos as outras hipotecas, mesmo as que estão a ser cumpridas em pior estado, pois o valor das casas deixa de ser suficiente para suportar o valor das dívidas.
Mais ainda, os consumidores deixarão de consumir de modo a pouparem dinheiro apenas para pagar as hipotecas e assim não perder o local onde vivem. Esta situação já acontece de momento com o índice de consumo a descer nos EUA em Fevereiro depois de um crescimento de 0% em Janeiro. E sem consumo não há economia que aguente.
Assim, podemos ver a gravidade da situação gerada apenas pela irresponsabilidade de quem dá crédito como se não houvesse amanhã e pela ignorância de quem consome crédito como se ele fosse de borla.
A ajudar à festa temos a constante subida das taxas de juro que ameaçam constantemente quem tem dívidas à banca. É uma realidade muito complicada e que poucos se apercebem da verdadeira dimensão, pode ser o início de uma das mais graves recessões a nível mundial, como alguns analistas já o afirmam.
Numa situação típica como esta a reacção da banca é aumentar as taxas de juro de modo a controlar o crédito e a disponibilidade de moeda, coisa que já está a ser feita pelos bancos centrais. De qualquer modo esta função está já a ser cumprida pelas medidas mais apertadas de concessão de crédito que a própria banca resolveu tomar à pressa, o que na prática, é o mesmo que afastar os clientes da banca e do crédito. Assim, só não temos uma escalada maior das taxas de juro porque a banca simplesmente já não é obrigada a dar crédito, fazendo caír por terra as alegações da própria banca sobre o seu importante papel na sociedade.
E quando a banca já não tem clientes a quem possa extraír dinheiro, nem saída para as casas que ocupou nas execuções das hipotecas, a única coisa que lhe resta fazer é virar-se para uma fonte de rendimento mais limpa, secreta e inesgotável: os nossos impostos. De facto, nos EUA criou-se agora uma comissão governamental com o objectivo de ajudar financeiramente as famílias em vias de perder as suas casas por via das suas dívidas. Decerto que poucos vão protestar contra uma medida tão "social" mas abre-se assim a porta ao aumento brutal dos impostos e ao ainda maior conluio entre banca e Estado, ficando todos nós a pagar pela irresponsabilidade de apenas alguns, referindo-me aqui aos gestores das empresas de crédito que resolveram afogar ainda mais as pessoas endividadas com crédito a taxas exorbitantes e sem qualquer controlo ou pedagogia apenas em busca de dinheiro fácil à custa de quem mais dele necessitava.
Assistimos assim a mais um episódio na fusão Estado-Banca, que agora está cada vez mais às claras.

Thursday, February 08, 2007

Há petroleo no quintal

Hoje a Galp descobriu petroleo!
É isso mesmo, em Angola, o sector explorado pela Galp achou finalmente petroleo, agora é que vai ser...
Na semana passada foi dada à Galp a concessão para a prospecçao do precioso liquido nas costas alentejanas e, apesar de ninguém me ter dito, já sei que brevemente vai ser anunciada a descoberta de petroleo em Portugal.
Porquê? Simplesmente porque agora já pode ser, pois a Galp já saiu das mãos do Estado e foi parar aos nossos amigos da politica ou de peniche, como quiserem.
Primeiro vendeu-se a baixo preço e imediatamente depois a Galp anuncia que descobriu petroleo.
E quando for anunciada a existencia de petroleo em Portugal, o governo vai aparecer todo em peso, vai haver pompa e circunstancia e todos vamos pensar que agora vamos ser o Dubai da Europa, mas apenas até a realidade chegar e todos percebermos que o dinheiro vai passar a flutuar por cima do país, de fundo de investimento em fundo de investimento, de banco em banco, sem nunca descer à terra e sem dar por isso beneficio a quem está out, que é toda a gente.
E virão todos dizer que o capitalismo selvagem ficou com tudo e nao deixou nada, e vai tudo a correr votar no socialismo ou no comunismo, sem perceber que tudo nao passa de um golpe socialista disfarçado de capitalista.
Como?
O Estado está nas maos dos mais corruptos e corruptiveis homens de Portugal, sejam eles PS ou PSD, CDS, PCP ou BE. E esta gente tem o poder de alienar patrimonio e dá-lo de mao beijada a eles proprios e ainda por cima atirarem as culpas ao capitalismo e à economia de mercado de modo a perpetuarem os votos nos seus partidos. E o sistema mantém-se assim, autosustentado por todos nós que não vemos que nos enganam a todo o minuto que passa.
O Estado vai ter sempre a mão brutal e indomavel, vai cobrar os impostos que bem lhe apetecer simplesmente porque nunca vai deixar o mercado funcionar sozinho, vai ser ele sempre a doar as areas mais lucrativas aos amigos e a regulamentar (leia-se bloquear) toda a concorrencia. E para cumulo todos vao querer mais Estado pois os privados já tomaram conta de tudo, o que ninguem se apercebe é que esses privados são aqueles em quem a gente vota.
Assim se matam 3 coelhos com um unico tiro, ganha-se o controlo privado dos sectores mais lucrativos, aniquila-se a concorrencia e ainda faz o zé povinho pedir mais.

Friday, January 19, 2007

Maratona contra a opiniao

As ultimas sobre o mundo nao sao boas, como habitualmente.
Finalmente este ano vai ser o primeiro ano a sério da revolta da Mae Natureza contra o atraso mental endémico do Homem e as previsoes de desastres que falavam sempre no futuro chegaram.
Mas quero antes falar do ataque do mundo civilizado às opinioes. Quaisquer que elas sejam.
Os EUA já tinham declarado guerra à droga, ao terrorismo e agora declararam guerra aos blogues, afirmando mesmo tratar-se de um campo de batalha semelhante ao que se vive no Iraque.
Agora nos EUA, qualquer pessoa que tenha acesso a falar para mais de 500 pessoas, leia-se, qualquer pessoa que use a internet, é obrigada a registar-se ao congresso e elaborar relatórios sobre o que disse de 3 em 3 meses. Alem disso, um blogger está sujeito a uma multa de 300.000 dolares caso alguem faça comentários ofensivos no seu blog.
Tambem na Austrália se está a dar passos importantes na guerra à opiniao, sobretudo na guerra à opiniao sustentada na realidade, ao deliberar que um simples hiperlink é uma violacao de direitos de autor. Isto quer dizer que se eu aqui disser algo de controverso e linkar para o site original da noticia, onde todos podem atestar a minha honestidade, estou a violar a lei.
Também na Uniao Europeia a coisa está preta.
Para além do revolucionário imposto sobre os e-mails, que vai a votos brevemente, está em analise uma lei que exige a toda e qualquer pessoa que divulgue todo e qualquer video a ter uma licença especial. Assim controla-se qualquer video mais indiscreto, tipo um politico a aceitar um suborno, ou um acontecimento relatado de maneira diferente da filmada por um telemovel, fazendo os autores e proprietarios destes videos a ter de ter licença de difusão para mostrar a simples realidade. Lá se vai o youtube livre.
Ouvi tambem que a Alemanha vai aproveitar a sua presidencia para passar a lei que proibe qualquer cidadao de qualquer país europeu dos 27 de questionar o holocausto.
A juntar à recente lei passada na Assembleia Nacional Francesa que proíbe os cidadãos de nao chamar genocidio ao massacre dos Armenios pelso Turcos durante a 1ª guerra mundial, podemos facilmente perceber onde é que esta correria contra a opiniao vai dar.
Agora até a História passa a ser regulamentada e impossivel de se estudar, correndo o risco de sermos presos.
Brevemente viveremos numa prisao do politicamente correcto caindo na prisao real caso fiquemos fora dele.
O 1984 de Orwell deu ideias demais a esta gente...

Friday, January 12, 2007

Imundicie Instalada

Espero poder dar a conhecer um projecto de verdadeira luta contra a imundicie instalada dentro de muito pouco tempo. Até lá reunam-se as tropas.

Wednesday, October 25, 2006

Vamos lá gente, estamos no bom caminho

Carta aberta ao BES, autor anónimo

Exmos Senhores Administradores do BES
Gostaria de saber se os senhores aceitariam pagar uma taxa, uma pequena taxa mensal, pela existência da padaria na esquina da v/. rua, ou pela existência do posto de gasolina ou da farmácia ou da tabacaria, ou de qualquer outro desses serviços indispensáveis ao nosso dia-a-dia.
Funcionaria desta forma: todos os meses os senhores e todos os usuários, pagariam uma pequena taxa para a manutenção dos serviços (padaria, farmácia, mecânico, tabacaria, frutaria, etc.). Uma taxa que não garantiria nenhum direito extraordinário ao utilizador. Serviria apenas para enriquecer os proprietários sob a alegação de que serviria para manter um serviço de alta qualidade ou para amortizar investimentos. Por qualquer produto adquirido (um pão, um remédio, uns litros de combustível, etc.) o usuário pagaria os preços de mercado ou, dependendo do produto, até ligeiramente acima do preço de mercado.
Que tal?
Pois, ontem saí do meu BES com a certeza que os senhores concordariam com tais taxas. Por uma questão de equidade e de honestidade. A minha certeza deriva de um raciocínio simples.
Vamos imaginar a seguinte situação: eu vou à padaria para comprar um pão. O padeiro atende-me muito gentilmente, vende o pão e cobra o serviço de embrulhar ou ensacar o pão, assim como, todo e qualquer outro serviço. Além disso, impõe-me taxas. Uma "taxa de acesso ao pão", outra "taxa por guardar pão quente" e ainda uma "taxa de abertura da padaria". Tudo com muita cordialidade e muito profissionalismo, claro.
Fazendo uma comparação que talvez os padeiros não concordem, foi o que ocorreu comigo no meu Banco.Financiei um carro. Ou seja, comprei um produto do negócio bancário. Os senhores cobraram-me preços de mercado. Assim como o padeiro cobra-me o preço de mercado pelo pão.Entretanto, de forma diferente do padeiro, os senhores não se satisfazem cobrando-me apenas pelo produto que adquiri.Para ter acesso ao produto do v/. negócio, os senhores cobraram-me uma "taxa de abertura de crédito" - equivalente àquela hipotética "taxa de acesso ao pão", que os senhores certamente achariam um absurdo e se negariam a pagar.Não satisfeitos, para ter acesso ao pão, digo, ao financiamento, fui obrigado a abrir uma conta corrente no v/. Banco. Para que isso fosse possível, os senhores cobraram-me uma "taxa de abertura de conta".Como só é possível fazer negócios com os senhores depois de abrir uma conta, essa "taxa de abertura de conta" se assemelharia a uma "taxa de abertura da padaria", pois, só é possível fazer negócios com o padeiro, depois de abrir a padaria.Antigamente, os empréstimos bancários eram popularmente conhecidos como "Papagaios". Para gerir o "papagaio", alguns gerentes sem escrúpulos cobravam "por fora", o que era devido. Fiquei com a impressão que o Banco resolveu antecipar-se aos gerentes sem escrúpulos.
Agora ao contrário de "por fora" temos muitos "por dentro".
Pedi um extracto da minha conta - um único extracto no mês - os senhores cobraram-me uma taxa de 1€.
Olhando o extracto, descobri uma outra taxa de 5€ "para a manutenção da conta" - semelhante àquela "taxa pela existência da padaria na esquina da rua".
A surpresa não acabou: descobri outra taxa de 25€ a cada trimestre - uma taxa para manter um limite especial que não me dá nenhum direito. Se eu utilizar o limite especial vou pagar os juros mais altos do mundo. Semelhante àquela "taxa por guardar o pão quente".
Mas, os senhores são insaciáveis.
A prestável funcionária que me atendeu, entregou-me um desdobrável onde sou informado que me cobrarão taxas por todo e qualquer movimento que eu fizer.
Cordialmente, retribuindo tanta gentileza, gostaria de alertar que os senhores se devem ter esquecido de cobrar o ar que respirei enquanto estive nas instalações do v/. Banco.
Por favor, esclareçam-me uma dúvida: até agora não sei se comprei um financiamento ou se vendi a alma?
Depois que eu pagar as taxas correspondentes, talvez os senhores me respondam informando, muito cordial e profissionalmente, que um serviço bancário é muito diferente de uma padaria. Que a v/. responsabilidade é muito grande, que existem inúmeras exigências legais, que os riscos do negócio são muito elevados, etc, etc, etc. e que apesar de lamentarem muito e nada poderem fazer, tudo o que estão a cobrar está devidamente coberto por lei, regulamentado e autorizado pelo Banco de Portugal.
Sei disso.
Como sei, também, que existem seguros e garantias legais que protegem o v/. negócio de todo e qualquer risco. Presumo que os riscos de uma padaria, que não conta com o poder de influência dos senhores, talvez sejam muito mais elevados.
Sei que são legais.
Mas, também sei que são imorais. Por mais que estejam protegidos pelas leis, tais taxas são uma imoralidade. O cartel algum dia vai acabar e cá estaremos depois para cobrar da mesma forma.

Sunday, September 17, 2006

Ai o Ouro...

Em resposta às inumeras solicitaçoes quer no blog quer por e-mail, tenho de dizer algo sobre a recente desvalorizaçao do ouro, podemos mesmo falar no recente crash do ouro. Parece que existe o sentimento que a subida do ouro é uma questão de fé, e estes acontecimentos funcionam como uma qualquer explicação cientifica para um pretenso milagre, que atira logo uma mao cheia de crentes para as fileiras dos mais cépticos.
Acontece que a subida inxoravel do ouro é muito mais uma questão de lógica e de racionalidade do que propriamente de fé. Assistimos hoje em dia a uma espiral de crédito nas familias, nas empresas e nos Estados que enchem de dinheiro os bolsos dos mais atentos. Esta espiral de crédito para o consumo, é criada a partir do ar, mas é baseada nos bens reais dos consumidores, ou seja, o banco empresta dinheiro que ele próprio cria, cobra juros e depois se a pessoa não paga ainda fica sem um bem muito real que é a sua casa. É um fenomeno recorrente na economia, ao qual já vimos a assistir há milhares de anos, pois já os romanos sofriam do mesmo mal. A recente subida nas taxas de juro denotam exactamente isso, ou seja uma grande preocupaçao pela enormissima quantidade de dinheiro que existe em circulação, daí se pretende cortal o mal pela raíz aumentando o custo do dinheiro dificultando o acesso ao mesmo. Para muitos isto é uma politica economica, para mim é um sintoma. Também estas acçoes não são novas na luta contra o colapso da moeda dominante e daí a constataçao.
Podemos então estudar quantas divisas ao longo da história conseguiram sobreviver à sua implosão dadas as condiçoes que se vivem hoje. A resposta é : nenhuma.
Nem uma única divisa no mundo, ao longo de dezenas de séculos sobreviveu a ela própria, mais ainda, nenhuma divisa mundial sobreviveu mais de 1 seculo, exceptuando a libra inglesa que teimosamente se continuou a chamar assim mesmo depois de vários colapsos. Nem uma. Seguindo a velha máxima de que quem não estuda História está condenado a repeti-la, podemos facilmente saber o que nos espera. Nem um único curso de Economia ou Gestão em Portugal perde tempo a estudar a grande depressão de 1929, ou seja as razoes intrinsecas do maior acontecimento puramente económico do seculo XX passam ao lado de quem dirige os destinos das nações.
Mas lá está, sempre o ouro sobreviveu, os homens passam e o ouro fica. Afinal é o único bem no mundo capaz de servir de barómetro de uma economia, e assim é desde há seculos, até mesmo milénios.
Agora nem mesmo o nosso velho amigo dourado e reluzente escapa à ganância dos Homens, e assim se compra e vende ouro simplesmente em papel, tal como 99,999% do resto da economia, não existe, é completamente especulativa e insustentável. Posto isto assim, é facil de ver os grandes fundos de natureza especulativa a exercer pressao sobre o ouro subir e descer consoante a necessidade de quem pode. Mas repito, tudo isto é papel. Num colapso economico, todo o ouro em papel será reclamado fisicamente deixando o actual sistema completamente nú. E aí, pelas ultimas estatisticas do GATA, temos que se tivermos todo o ouro em papel reclamado, a produção dos próximos 25 anos estaria unicamente ao serviço dos reclamantes.
O ouro vai subir, sim, mas só vai levar com ele os que nele acreditarem plenamente, nunca os especuladores que ao verem estas flutuações tao grandes se afastarão tao inexplicavelmente como se aproximaram, pois este é um jogo demasiado imprevisivel para eles. Nestes mini-crashes, os especuladores serão expoliados dos seus recursos, afastando-se com mágoa e ressentimento para não mais voltar. Lá acima só muito poucos chegarão.
Tal como inexplicavelmente a cotação do ouro passou a aparecer regularmente nos canais generalistas, tambem inexplicavelmente vai desaparecer pois já não serve os interesses especulativos.
É que para quem não sabe, o verdadeiro ouro físico é transaccionado num outro mercado a que ninguém tem acesso, onde as cotações saem apenas 2 vezes ao dia e estas cotações não precisam seguir as do ouro em papel. Sintomático, não?
O ouro especulativo tem lá o seu mercado para o comum dos mortais, mas em caso de crise é o fisico que conta, e a esse mercado nós não podemos chegar.
Por isso, e para resumir, aproveitem a oportunidade que o sistema vos dá para comprar ouro físico, pois esse há-de fazer sempre falta, sobretudo para combater a inflação que já se sente.
Os bons amigos não nos abandonam...

Thursday, September 07, 2006

Aviso de Tempestade

Aquilo que ja venho a dizer há tanto tempo ja está confirmado pelos media oficiais, ou seja passou de teoria endoidecida a aviso oficial. Quer o bloomberg, quer a BBC e a Sky, bem como a CNN fizeram especiais de informação sobre o fim da bolha imobiliaria e as suas consequencias. Até a TF1 francesa o fez e apenas para o mercado francês. Parece que agora é que sao elas, pelo menos para eles porque para mim isso já era claro ha muito.
Depois temos o Dow Jones com valorizaçoes das chamadas small caps ( acçoes de empresas pequenas que ninguem conhece) na ordem dos 170% em 3 meses. Estas acçoes sao usadas puramente como especulativas pois por terem um valor tao baixo sao facilmente influenciaveis e os ganhos sao bem maiores. Uma valorizaçao de 3 centimos numa acção que vale 50 centimos equivale a 6% ao passo que os mesmo 3 centimos de valorizaçao numa bluechip, por exemplo que custe 50€ nao passa de uma valorizaçao de 0,00006%.
Ora, estas valorizaçoes das small caps em conjunto acontecem sempre quando estamos ou no fim ou muito perto do fim de uma bolha e significa por isso que a bolha irá rebentar brevemente. Porquê? Porque no ultimo folego de uma bolha os investidores estao viciados em ganhar muito dinheiro com as suas transacçoes e as bluechips começam a enfraquecer os seus ganhos. Levados por este impulso de continuar a ganhar o mesmo que até aí viram-se para estas acçoes mais especulativas.
O aviso de tempestade está entao lançado oficialmente. Procurem abrigo e mantimentos.

Friday, September 01, 2006

Liga dos Campeoes

O caso Mateus é um caso que promete deliciar os jornais dos proximos tempos. Era uma boa altura para os portugueses mais verticais nao se preocuparem com o facto dos grandes serem excluidos das competiçoes europeias e apoiarem o direito à justiça de quem se sinta injustiçado. O feudo que o futebol se tornou beneficia apenas e sempre os mesmos. Vejo com tristeza mas sem admiração o facto dos adeptos dos grandes estarem enraivecidos com um clube como o Gil Vicente. A unica razao para isso nao é porque o Gil nao tenha razao mas sim porque lhes estao a tirar a festa. E festa é festa. Nao interessa se houve justiça ou nao, o espectaculo tem de continuar.
Mas que fique aqui escrito que o caso nao termina por aqui. Pode ser uma excelente oportunidade para denunciar o caso de pedofilia que os agentes da UEFA, nomeadamente o senhor Joseph Blatter estão envolvidos com o Sr. Cruz.
Dizem que o escandalo está para rebentar, estou à espera.

Wednesday, August 09, 2006

Libano e Israel a là 1984

Mais um logro enorme que o mundo tem assistido é o que se passa actualmente no Libano. A primeira versão dos acontecimentos fala que tudo começou com a captura de 2 soldados israelitas dentro de território libanês, pelo Hezbolah. Sem esforço encontrei as noticias originais do dia 12 de Julho onde fala desta versão dos acontecimentos. Procurem por exemplo nas noticias do yahoo.fr, nas noticias da revista forbes.com e no asiantimes.com .
De repente a história é alterada tal como no livro 1984 e parece que sempre se disse que os soldados foram vitimas de uma emboscada dos terroristas libaneses dentro de território israelita. É a versão oficial, agora.
Se assim foi, é a primeira vez em 25 anos que tal acontece.
Mas ainda pior cheira a história da guerra em si. Já não bastavam as noticias bastante antigas de colaboracionismo, infiltração e financiamento do Hezbollah pela CIA e Mossad, agora é impossivel engolir que uma organização com tantos anos de coexistência com os israelitas tenham decidido embarcar numa luta suicida usando apenas uns pequenos misseis sem alcance ou precisão contra um arsenal praticamente ilimitado dos israelitas e americanos. Mas estão todos loucos? O lider do Hezbollah vivia em Beirute com a familia e nunca Israel se deu ao trabalho de o assassinar. E com tantas tacticas bem mais eficazes que os árabes podiam tomar, como por exemplo fazer explodir uma mesquita americana cheia de crentes árabes e culpar os EUA e Israel tal como fazem estes ultimos, em vez disso resolvem atacar com pequenos rockets contra um autentico golias bélico. Só dá para perceber se virmos primeiro quem ganha mais com isso. O Hezbollah não é de certeza, o Libano muito menos, mas quem ganha mais com isto de certeza são os israelitas que anseiam por ver os americanos no Irão. Provocar o Irão a reagir e culpa-lo por qualquer incidente com americanos ou outros ocidentais de modo a legitimar o ataque.
Assim temos reunidas as condiçoes necessárias a um incidente grave que amenize a opiniao publica quanto à necessidade de uma intervençao no Irão e na Siria. Haverá outra explicação?


http://fr.news.yahoo.com/12072006/202/liban-le-hezbollah-capture-deux-soldats-israeliens-sept-autres-tues.html

Monday, August 07, 2006

O Céu vai-nos cair em cima

Aproveitando este período estival, estive em viagem nas ultimas semanas, passando por vários países europeus.
Impoe-se aqui dizer duas ou tres coisas que avassaladoramente se me depararam.
Há dois anos atrás estive duas semanas na Eslovénia e os preços eram praticamente iguais aos de cá. Hoje, com a Eslovénia a ter sido o primeiro país do bloco de leste a ultrapassar-nos, e já com um nivel de vida superior ao nosso, deveria ser de esperar que o seu custo de vida tambem tivesse aumentado. Nada disso. Encontrei os mesmos preços de há dois anos, e um custo de vida bem mais barato que o nosso. Foi agradável ver os meus euros comprarem mais que em Portugal e desagradavel fazer as contas à inflação real que nos assola sem ninguem dar por isso.
Pior aconteceu na Austria. Consegui fazer uma vida normal durante os dias que lá estive, tomando as minhas refeições em locais absolutamente normais, com entradas e sobremesa e o espanto foi grande ao ver que gastava o mesmo que aqui. A Austria ser cara já é um mito. Caro é Portugal e todos pensam que é normal. Aliás, foi até possivel comprar um polo de marca numa loja de Salzburgo por muito menos que cá.Outra revelação que tive foi a situação de seca extrema que se vive por toda a Europa. Percorri 10 países de carro e infelizmente encontrei rios secos na Eslovénia, onde há dois anos estavam, tambem por esta altura, com niveis razoaveis. A vegetaçao já era a de Outono e as neves eternas dos Alpes desapareceram de um ano para o outro. Apanhei 33 graus em Salsburgo e soube de 34 graus em Helsinquia. Juntando a isto o ano com mais furacoes, o ano com a seca mais longa de sempre, o ano em que nevou em Lisboa, o ano da maior onda de calor nos EUA, o ano em que nevou no Dubai, o ano em que houve a maior praga de mosquitos, não temos coisa boa pela frente. Tudo muito rápido, tudo muito extremo. O bom senso vai-nos cair em cima.

Tuesday, June 20, 2006

Um pouco de serviço público

Vivemos num mundo que gira em torno do dinheiro para alguns e da falta dele para os outros. Existem no entanto tantos mitos e dogmas em torno do mesmo que a sua boa gestão se encontra em grave perigo, trazendo com isso enormes problemas para a sociedade e para o individuo. Vamos aqui tentar descrutinar algumas concepções erradas mas comummente aceites que tornam a tomada de decisões por parte do individuo numa tarefa de pura sorte mas sobretudo mal informada. Ao desvendar estes estranhos mitos enraízados na nossa sociedade poderá assim prever e agir com as suas finanças de modo muito mais avisado e eficaz.
O Juro
Primeiro temos aqui de esclarecer algo que não é natural para o ser humano, que é o crescimento exponencial. Estamos habituados a que na natureza o crescimento se dê de uma única forma, rápido no inicio até atingir a maturidade e a estagnação. É assim que os nossos corpos crescem bem como uma miriade de outras coisas na natureza. Mas não existe apenas este tipo de crescimento. Existem pelo menos mais dois tipos que são o constante, onde o crescimento é sempre o mesmo e constante ao longo do tempo e o exponencial, que é o que mais nos interessa e que se mostra lento no principio mas rapido e furioso no final. Este tipo de crescimento acontece na natureza por exemplo no cancro, que começa devagar mais vai alastrando cada vez mais rapidamente até à trágica consequencia final, onde já nada se pode fazer e termina com a morte do organismo que alimentava o proprio crescimento. E é tambem como um cancro que o juro actua sobre a sociedade actual, pois é neste tipo de crescimento que o sistema assenta. Assim, temos que o nosso dinheiro, quando aplicado, vai rendendo juros e estes vao incorporar o nosso capital inicial, fazendo-o render ainda mais. De facto, com juros de 3% o nosso dinheiro duplica em 24 anos, com juros de 6% em 12 anos e com juros de 12% ele duplica em 6 anos. Até com um juro de 1% ele duplicará em 72 anos. Como o ser humano experiencia apenas o crescimento que a natureza faz parar quando atingimos a maturidade, custa-nos a perceber este tipo de realidade, em que o crescimento se dá infinitamente. Este fenomeno é mais perceptivel quando contamos a historia do famoso inventor persa que inventou um jogo tao interessante que o Imperador da Persia lhe quis dar tudo o que ele quisesse ter. O jogo era o xadrês. E o nosso inventor pediu algo de estranho, que admirou o proprio imperador. Pediu que colocassem um grao de trigo no primeiro quadrado do tabuleiro recem inventado e que duplicassem os grãos no quadrado seguinte, e assim por diante, um grao no primeiro quadrado, dois no segundo, quatro no terceiro, 8 no quarto, etc até completar os 64 quadrados do jogo. O imperador achou o pedido bastante modesto e acedeu imediatamente, não percebendo na altura o enorme erro que cometia. É que completas as contas, os grãos de trigo necessários para encher a 64ª casa simplesmente não existiam pois era um numero superior à produção de trigo do planeta inteiro. Foi mais facil cortar a cabeça do inventor do xadrês. Outra analogia interessante é a que se tivessemos investido um centimo no ano em que Cristo nasceu a um juro de 4%, em 1750 teriamos dinheiro suficiente para comprar uma bola de ouro com o peso do planeta Terra. E em 1990 teriamos dinheiro para 8190 bolas destas. Com 1 centimo. E ao juro, não de 4% mas sim de 5% teria sido possivel comprar a nossa primeira bola do tamanho da Terra em 1466 e em 1990 já teriamos 2,2 bilioes de bolas iguais. Com este exemplo percebemos a diferença que 1% faz neste tipo de jogo. O exemplo mostra tambem ser impossivel matemáticamente e na prática o pagamento deste tipo de juros de forma continuada. Por isso mesmo tem o mundo guerras e revoluções para recolocar o contador a zeros e assim não pagar os juros devedores ou recebr os credores. Tem sido sempre assim. A única solução é a passagem do sistema monetário a um crescimento normal.
Uma grande e errada noçao é a de que só pagamos juros se pedirmos dinheiro emprestado. Isto é completamente falso uma vez que todos os produtos que adquirimos ou pagamos têm incorporado uma parcela para custos financeiros. Num estudo feito na Alemanha recentemente, vemos que 38% do custo da agua da rede publica é para pagar juros sobre o capital investido na rede. E mais, temos uns incriveis 77% quando se trata das rendas de habitação social. Quer isto dizer que 77% do valor que uma familia paga de renda da sua habitação serve para pagar ao banco apenas juros dos emprestimos necessários para construir tais habitações. Em média pagamos 50% de juros em tudo o que adquirimos. Assim, abolindo o juro composto e substituindo-o por outra forma de manter o dinheiro em circulação, todos nós seriamos pelo menos duas vezes mais ricos do que somos hoje, ou necessitaríamos de trabalhar metado do que trabalhamos hoje para manter o mesmo nivel de vida.
Mais um mito a abater é o de que somos todos igualmente afectados pela existencia dos juros, pois todos temos de comprar os produtos com os juros incluidos no seu preço. Mais uma vez é completamente falso. Há de facto diferenças enormes entre os que pagam juros e os que recebem. Num outro estudo recente realizado na Alemanha, analizou-se a quantidade de juros pagos em emprestimos e recebidos em depósitos de varios extractos sociais. As conclusões foram chocantes. Os 80% com rendimentos mais baixos pagavam mais juros do que recebiam, os 10% a seguir recebiam pouco mais do que pagavam e os 10% mais ricos recebiam mais do dobro do que pagavam. É a explicação de porque é que o fosso entre ricos e pobres não para de aumentar. Foi montado um sistema que transfere o dinheiro de toda a população para uma elite que o recebe sem nada fazer. Nem se trata de ricos e pobres mas sim de riquissimos e todos os outros que os alimentam mesmo sem saber. Para ficarmos ainda mais chocados, os 1% mais ricos recebem 15 vezes mais do que pagam e os 0,1% mais ricos recebem 2000 vezes mais juros do que pagam. Por outras palavras, deixámos acontecer na nossa sociedade um sistema que constantemente transfere a riqueza do mundo para os mesmos de sempre, os chamados senhores do mundo. É um sistema de exploração bem mais implacavel e subtil do que a escravatura. Este sistema bancário, actua assim em todo o mundo e atropela todas as constituiçoes nacionais que falam em igualdade no acesso aos serviços do Estado, se considerarmos que o dinheiro é um serviço que o Estado nos garante, pois torna impossivel à população não pagar por ele. De qualquer modo, e parecendo que este sistema interessa manter pois beneficia quem mais tem, é possivel uma alternativa em que todos, mesmo quem mais tem, beneficiasse de uma reestruturação do sistema, uma cura de desintoxicação do juro que actua como um cancro na nossa sociedade.

A inflação
Mais um incrivel mal entendido é o papel da inflação no nosso sistema economico actual. Toda a gente vê a inflação como algo sempre presente, inerente ao sistema capitalista e da qual ninguem se pode livrar. Acontece que a inflação e o juro andam de maos dadas, e ouvimos mesmo dizer na televisao a toda a hora da necessidade de aumentar as taxas de juro para conter pressoes inflaccionistas. Mas a realidade é bem diferente. A inflação nada mais é do que um outro imposto cobrado pelo Estado para pagar as suas proprias dividas, e pode ser e é manipulada conforme as necessidades. Recorremos mais uma vez à Alemanha para demonstrar esta situação. No periodo de 1968 a 1989 o PIB e os salários dos trabalhadores alemães subiram 400%. Contudo, no mesmo periodo, os pagamentos de juros pelo Estado aumentaram 1360%, ou seja, o Estado endividou-se e as despesas apenas com os juros aumentaram esta brutalidade. Qualquer pessoa sabe fazer as contas, sobretudo depois do explicado aqui quanto ao crescimento exponencial do juro. Rapidamente os encargos do Estado com os juros serão maiores do que o rendimento do País, o PIB. Poucos vêem o triste fim que este processo terá e ainda menos conseguem ver uma solução. A única saída, caso não queiramos remodelar o sistema é a mesma saída de sempre, o colapso financeiro, uma guerra generalizada ou as duas em simultaneo. Para lutar contra esta inevitabilidade, o Estado imprime mais papel moeda, desvalorizando o dinheiro em circulação e assim a propria divida. A inflação não passa de uma tentativa do Estado de aproximar o PIB à divida publica, pois desvalorizando a moeda o PIB passará a ser maior artificialmente. Como a História nos tem mostrado isto só adia o problema final. Ora, a inflação nada mais é do que uma diminuição do valor do dinheiro das pessoas para poder pagar a divida do Estado, ou seja, uma taxa ou imposto.
Estes são os principais problemas do sistema financeiro actual, que nos levarão à autodestruição caso nada seja feito para a evitar. Mais do que qualquer exploração laboral, mais do que novos impostos para financiar politicas sociais, mais do que quaisquer conflitos sociais, estes problemas são os principais causadores da pobreza, bem como do desaparecimento da classe média e dos potentes colapsos financeiros recorrentes no nosso mundo. Existem alternativas crediveis, existem mesmo alternativas que já foram testadas e com resultados comprovados para a emissão de moeda livre de juros e inflação. No fundo é necessário que o Estado possa emitir moeda sem ter de emitir divida publica ao mesmo tempo, ao invés do que acontece hoje em dia em que a emissao de moeda é unicamente feita através da emissao de divida publica a um determinado juro. Isso é dispensável e despropositado. A emissao de dinheiro “livre” já foi usada em alguns países e territórios com excelentes resultados, mas foi logo banida pelo sistema bancário internacional.

Thursday, June 08, 2006

Quando eu estalar os dedos nao te vais lembrar de nada...

Para quem continua a duvidar da capacidade de alterar o tempo fiquem agora a saber que até os chineses a têm e vao usa-la para proporcionar uns belos dias solarengos durante os jogos olimpicos (http://www.msnbc.msn.com/id/13107271/site/newsweek). Se esta tecnologia já está tao disseminada perdoem-me que lhes coloque mais umas questões.
- Porque raio é que ninguem fez isto quando foi do Katrina?
- Porque raio já vimos videos do presidente Bush a ignorar os engenheiros que lhe diziam que os diques não iriam aguentar a tempestade, numa reuniao de trabalho?
- Porque raio é que o censo realizado agora em New Orleans mostra que a população negra passou de 37% para 22% e o seu rendimento medio passou de 39793$ para 43447$, criando assim uma cidade mais branca e mais rica que antes do furacão?
- Porque raio é que foi com o Katrina que os preços dos combustiveis dispararam para nunca mais voltarem a descer aos niveis antigos?
- Porque raio é que os unicos ganhadores desta tragédia foram os mesmos de sempre?

Conspiraçoes? Isso nao existe.

Entretanto, e com a reuniao dos Bilderberg que começa hoje em Toronto, temos a cidade em estado de sitio, devido aos rumores de ameaças terroristas contra Toronto. Assim conseguem militarizar a cidade e assegurar uma reuniao pacifica aos participantes, sem a incomodativa presença de eventuais manifestantes. Deverá ser desta que conseguirão decidir a separação em 2 do Canadá, que já tinham tentado antes mas que tiveram de adiar devido aos protestos contra a reuniao dos Bilderberg em 2002. Agora tal problema não se coloca.

Tuesday, May 30, 2006

O melhor é ficar mesmo a ver a bola


É-nos dada a possibilidade de vislumbrar mais uma visão do futuro próximo, qual São Malaquias, Nostradamus ou Edgar Cayce.
Estes senhores já se apoderaram do que é preciso e agora só falta o mais fácil.
Olhemos para a noticia que estava exposta no IOL cujo primeiro paragrafo reza assim : “O Parlamento Europeu está a estudar uma proposta que passa pela aplicação de uma taxa sobre o correio electrónico e as mensagens de texto dos telemóveis (SMS).”
Mas qual a razao de tal ideia?
A resposta encontra-se mais à frente na noticia : “O dinheiro desta potencial taxa serviria, posteriormente, para financiar os fundos comuns da União Europeia, funcionando como «impostos europeus».”
Perceberam? Isso mesmo, não existe justificação alguma que não seja a pura extorsão de dinheiro, já que não existe qualquer custo para os Estados a utilização do e-mail e do sms (já sujeito a IVA). Ou seja, é dinheirinho vivo a entrar nos cofres dos Estados sem ter de dar quaisquer contrapartidas ou serviços.
Mas devem haver inumeras vozes contra uma medida desta natureza, pois todos se dizem contra os aumentos de impostos. Não, mais uma vez, a noticia continua :” Este tipo de medida é apoiada pela maioria dos governos, eurodeputados e pela Comissão Europeia, que têm vindo a estudar a melhor forma de avançar com os novos impostos.
Entao temos aqui mais uma breve visao do triste futuro reservado aos que não podem ou não querem fazer parte de um sistema politico reservado a ladrões profissionais.
A ideia por detrás desta ideia é simples. Eles fazem isto por duas razoes. Porque querem e porque podem. Nós não queremos nem podemos o contrário.
A sociedade totalmente transaccionavel está aí, uma sociedade com a aversão às palavras gratuito, incluído, sem custos.
Nada, mas mesmo nada poderá ser sem custos para o utilizador. Respirar já não é, com as taxas impostas às industrias poluentes e que se reflectem depois no custo para o consumidor. A àgua muito menos. Todos os serviços se estão a redireccionar para uma aproximação ao mercado em que o pagamento mensal por oposição à compra de uma só vez se está a apoderar dos ordenados dos contribuintes mal estes o recebem. A industria de software já tem tudo preparado para iniciar um processo de pay-per-use de todos os produtos. O Windows que sairá depois do Windows Vista já será apenas online e mediante subscripção. Os jogos estão a caminhar rapidamente nesse sentido. É praticamente impossivel negociar pacotes de comunicações com qualquer operador sem estar sujeito a fidelizações, já se fala que quando a Via Verde estiver melhor implantada será um serviço pago e obrigatório (pois ficará apenas uma fila para os veiculos sem identificador). Os contratos de manutençao são cada vez mais usados e por vezes obrigatórios. O imposto automovel baseado em GPS. O imposto para entrar nas cidades.
Enfim, a lista não parava se não quisesse. Mas é facil resumir a ideia. Vai ter de pagar tudo o que precisa de tal modo a que um simples favor entre amigos se tornará tambem motivo de acordo de preço.
Entretanto o povo quer é ganhar o mundial. Aparecem aos milhares sempre que um jogador aparece em Evora, debaixo de 40ºC, e por apenas 10 minutos. Ninguem se quer mobilizar contra esta cambada de politicos nojentos que governa a nossa vida.
O mundo estilo matrix está aí, muitos podem saber mas simplesmente não o querem fazer pois isso implicaria algum pensamento.
A desilusao é grande. As palavras já saem às golfadas.
Quem é que ainda pensa que a solução está em politicos de outra cor?
Para ler a noticia na integra:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/noticia.php?id=689388&div_id=1730

Thursday, May 18, 2006

Ensaio sobre a Cegueira


Mas afinal porque é que todos os adeptos da grande conspiração advogavam a compra de ouro e outros metais desde já há alguns anos e agora se revela uma teoria acertada? E porque é que os mesmos individuos só viam uma saída para o preço do petroleo que era a sua subida ao contrário dos analistas convencionais que sempre trataram as subidas de petroleo como conjunturais, relacionadas com focos de tensao localizada ou condiçoes climatéricas? E o dolár? Porque é que todos falávamos no colapso do dolar bem antes de alguém se atrever a dize-lo, e hoje não se fala de outra coisa? Quem tem apostado na conspiração tem ganho, ao menos isso, mas falta saber porquê. O que é que existe nessa teoria de modo tao claro que se possa vaticinar coisas tao malucas como estas e depois ter razao em todas elas. Ninguem previa nada disto há 5 anos atrás.
Como é impossivel resumir todo um trabalho de pesquisa que já leva muitos anos, posso começar por um assunto que por ser tao polémico pode atraír algumas atençoes menos suspeitas, e é essa a ideia.
É que a coisa já está a ser cozinhada há muitos, muitos anos. Poderia mesmo dizer há centenas de anos, mas vou aqui debruçar-me apenas sobre os ultimos 100.
Sempre a elite financeira usou as mesmas estratégias para conseguir o que queria, usavam a máxima da economia “compra barato, vende caro”. Mas só eles podiam ter acesso a esta máxima com conhecimento de causa pois só mesmo eles têm a capacidade de influenciar os preços e assim manipula-los a seu bel-prazer. Temos o George Soros que faz isso todos os dias com moedas estrangeiras naquilo que ele chamará de investimento cambial e que muitos chamam de terrorismo financeiro. Mas também já aqui vimos que as familias que comandam o mundo desde há 300 anos são as mesmas que o fazem hoje em dia. Logo aí já temos uma pista.
Depois vem a parte mais polémica que vou tentar resumir embora a realidade seja muito mais vasta que a que aqui apresento.
No fundo como foi permitido que o mundo desenvolvesse no ultimo seculo uma única potencia industrial, uma única potencia que sugava todos os recursos mundiais sem grande afronta por parte do resto do mundo? Meus amigos, só foi possivel aos EUA competirem sozinhos pelos produtos, matérias primas e outros recursos indispensáveis ao mundo moderno porque o resto do mundo era impedido de o fazer por causa de uma praga politica que mantinha na pobreza e logo, fora de jogo, mais de 2 terços do mundo. O Comunismo.
Não admira portanto que o comunismo tenha sido financiado por todos os grandes banqueiros do principio do seculo, sobretudo Jacob Schiff, em que existem mais do que muitos factos historicos que o confirmam. Façam uma pesquisa na internet e até conseguem ver os proprios documentos das transferencias de dinheiro. 25 milhoes de dolares em 1917 para Lenine e Trotsky prosseguirem o seu magnifico trabalho de ajudarem a criar monopolios capitalistas. Schiff disse mesmo que Trotsky era a pessoa por quem ansiava há muitos anos. J.P. Morgan depositou mais outros 20 milhoes num fundo de guerra em nome dos revolucionários, como é atestado em documentos do Congresso Norte Americano do dia 2 de Setembro de 1919 e que todos podem consultar no arquivo electronico do Senado Americano. Mais revelador ainda é um pequeno folheto do Ministério dos Negócios Estrangeiros Britânico que afirma ser a Revolução Russa uma obra organizada e financiada por banqueiros internacionais. Enfim, muito mais documentação já eu vi sobre o assunto. Tirem as conclusoes que acharem por bem. Mas continuando, foi depois preciso reabilitar a imagem do espirito soviético, do espirito do igualitarismo como uma ideologia de homens bons de modo à coisa se espalhar rapidamente pelo mundo. Rockefeller usou e abusou da sua empresa de marketing a Ivy Lee & T. J. Ross que foi incumbida da tarefa de reabilitar a imagem dos revolucionários. Para cumulo conseguiram tornar Estaline como “Homem do Ano” da revista Time em 1939, mesmo depois dos massacres de 1937/38. Tambem Hitler já tinha tido o mesmo tratamento (por razoes que tambem um dia quero explicar). Depois veio a revolução chinesa e assim por diante o que levou no final a mais de 2 terços do mundo estarem na pobreza total para poderem ser todos iguais entre si.
Rockefeller tinha mesmo um escritório em Moscovo durante toda a guerra fria. É bem conhecida a viagem de férias de Rockefeller a Moscovo (férias do maior magnata do mundo num país que vivia para o combater, imagine-se) que terminou com a destituição de Krutschev de presidente da URSS (o ditador foi deposto pelos seus subditos, afinal quem é que tem mais poder que o ditador absoluto?). Nos 4 dias que Rockefeller lá passou a URSS mudou de presidente sem grandes sobressaltos. Se calhar o magnata terá ido a Moscovo apenas despedir um funcionário.
Mas voltando à economia vemos então que as grandes familias conseguiram monopolizar o panorama industrial de todo o mundo, vendendo dinheiro virtual aos países de 3º mundo de modo a ficar com a exploração dos seus recursos quando estes obviamente não conseguiam pagar. E quanto menos recursos os países tinham mais tinham de alienar para sobreviver. Também é disto que vive a divida dos países africanos e o perdao de dividas a esses países deve-se a não haver mais locais de exploraçao que interesse usurpar.
Assim temos uma ideologia feita à medida de quem a fez. Uma ideologia martelada, sem base absolutamente nenhuma a nivel quer economico quer filosófico, apenas baseada na inveja humana e na repressão que fez o frete aos mesmos de sempre. Será por acaso que Marx e Engels eram maçons? E o facto de Lenine ser membro do Grande Oriente de França, inclusivamente viver num apartamento cedido por estes? O agora aberto Arquivo Soviético contém documentos que insistentemente ligam a resistência ao Tsar da Russia à maçonaria francesa. Estão disponiveis relatórios da policia politica do Tsar Nicolau II que o avisam de haver uma conspiração de lojas maçonicas para um golpe de estado em 1905.
Em 1925 o secretário geral da maçonaria russa afirma numa carta que os objectivos da maçonaria e dos bolsheviques são comuns, e menciona o simbolo sovietico como puramente maçonico, a estrela de cinco pontas, o martelo e a foice, todos elementos de importante ideologia maçonica. Não sou eu que o digo, foi o General Boris Astromov. Engraçado é que nessa mesma carta afirmava que as lojas maçonicas deveriam permanecer secretas, logo não deviam ser legalizadas, pois a maçonaria necessitava desse secretismo para se fortalecer. Ok, é lá com eles.
Mas claro que a historia não se fica por aqui. Desde a invasao de Cuba aos guerrilheiros sandinistas na Nicarágua, ao Vietname, etc, etc que as coincidencias não param.
Voltando agora aos nossos amigos capitalistas, estes aproveitaram a relativa pouca pressão sobre os preços das matérias primas que eram utilizadas apenas por uma percentagem menor da população mundial. Isto causou uma descida gradual dos preços e uma saída gradual do negócio por parte de quem lá não merecia estar. A preços de 40 dolares a onça do ouro não valia a pena manter os custos exorbitantes de uma exploração, assim era mais facil vender a licença aos nossos amigos magnatas por tuta e meia. O mesmo com os outros recursos. Vivemos tempos em que não valia a pena investir na industria por não ser lucrativa, bem pelo contrário. Só os grandes é que as mantiveram em seu poder pois só eles tinham capacidade de aguentar os seus custos. Esperando dar razão à máxima “quem ri por ultimo ri melhor”. E agora fartam-se de rir, às nossas custas.
Com o brutal aumento dos preços das matérias primas já vale a pena investir. O problema é que as grandes explorações já estao nas maos dos mesmos.
Com o frete que o comunismo fez a esta gente deram o golpe.
Fez e continua a fazer pois as ideias que se arreigaram na sociedade estão moldadas de modo a combater os mais fracos pensando que estão do lado deles. Nenhuma grande empresa alguma vez se queixará da falata de flexibilidade do mercado de trabalho. Quem se queixa disso são as pequenas e médias empresas. Os grandes têm trabalhadores a contratos de 15 dias, preferindo pagar mais à empresa de trabalho temporário do que ao trabalhador. Os empresários mais pequenos não têm acesso a estes estratagemas e por isso se queixam tanto. São obrigados a adoptar os seus funcionários como filhos para o resto da vida e assim aumentar a rigidez do mercado de trabalho. Nunca as ideias provenientes do comunismo vieram beliscar qualquer grande corporação. Mas fazem um excelente trabalho em acabar com o emprego de proximidade, aquele em que o empregado conhece directamente o patrão por este ser um pequeno ou médio empresário. O futuro é simples. Com o desaparecimento da classe média todos seremos caixas de supermercado ou operadores de call center, sem qualquer perspectiva de carreira, coisa que não acontecia até aqui. É essa a verdadeira precarização do mercado de trabalho.
Todos os apoiantes do comunismo que eu conheço afirmam que o comunismo nunca vingou por não ter as pessoas certas na sua liderança. As ditaduras que impediram mais de meio mundo de viver como os outros só aconteceram por causa dos seus lideres. Mas não terá sido antes porque nunca o comunismo foi feito para dar certo por ser impossivel? Que as formas de comunismo que vimos e vemos são as formas que era suposto terem pelos capitalistas? Gostava que me respondessem.
Agora, como interessa voltar a empobrecer as classes médias (a classe média é um fenomeno muito recente, sem mais de 150 anos) pois estas já têm liberdades a mais, conseguindo mesmo ter casas na praia, varios automoveis e o diabo a sete, deixam cair a arma do comunismo para inundar o mercado quer de consumidores quer de trabalhadores, conseguindo assim matar varios coelhos com uma só cajadada. Não esqueçamos que a China comunista só nos rivaliza na sua parte capitalista. Ou seja, só os que estão dentro do sistema do capitalismo na equação um país dois sistemas, é que nos fazem mossa. O problema é que são muitos à mesma.Por isso, e voltando para terminar às perguntas iniciais do texto, as respostas tornam-se obvias. É logico um colapso do dolar, é logica a subida dos preços, é lógico que vamos sofre bastante com isso porque a intençao é que voltemos a não ter nada para eles mais uma vez nos aparecerem como salvadores. Como diz um ditado chinês, um cao faminto segue-te para todo o lado.

Monday, May 15, 2006

Desenvolvimentos...

Um texto sobre tres assuntos cruciais.


1-A lei que está de momento para ser votada no congresso americano que vai mudar o modo como acedemos à internet para sempre. Até agora existiam os chamados content-providers ou fornecedores de conteúdo que eram quem fazia e geria os sites. Grandes empresas mas sobretudo pequenos e micro entusiastas que se lembravam de fazer sites de desporto ou blogues variados. Existiam tambem os que faziam tudo acontecer levando a internet a casa das pessoas, empresas como a Netcabo ou o Clix. Agora, com a lei que irá passar, os detentores dos meios como estas ultimas empresas poderão cobrar aos produtores de conteudos um fee de acordo com a velocidade a que os sites são difundidos na web. Ou seja, um pequeno editor de um blogue pode desaparecer pois não tem dinheiro para manter o site em condiçoes de ser apreciado pelo publico pois este demora mais de 10 minutos a abrir. Nem é preciso dizer mais nada, já todos devem ter percebido onde isto nos leva, ao monopolio das grandes companhias de um recurso a que já todos estamos viciados.


2-A notória deslocação do eixo de atractividade do combustivel fossil para o nuclear. Todos os grandes players do petroleo estao já em fase avançada de conseguir o monopolio do enriquecimento de uranio mundial de modo a manterem a liderança no mercado energético mundial. A resolução da ONU que já está preparada proíbe todos os países que ainda não o fizeram de enriquecer uranio para usos civis. Mais uma machadada na soberania dos países que transferem para as Nações Unidas o controlo da sua politica mais importante, a energética. Nota-se já o burburinho das grandes empresas e familias de modo a entrar no jogo porque embora seja a ONU a regular o processo este passará na mesma por mãos privadas, mais do mesmo ou mais dos mesmos. Ainda por cima apenas os países hoje capazes de o fazer terão o monopolio do enriquecimento, tornando o preço da electricidade monopolizado pelos que produzem os meios para a produzir. Mais uma vez os países deixaram-se viciar por energia barata e aparentemente inesgotável e de repente são obrigados a pagar por ela.


3-Com esta noticia do Bloomberg fica oficial. Agora todos os tais economistazinhos que venho falando e que desdenham da ideia do colapso podem começar a pensar pelas suas cabeças oficialmente porque já apareceu no canal financeiro autorizado.
Ver Noticia

ou siga o link

http://quote.bloomberg.com/apps/news?pid=10000039&refer=columnist_mukherjee&sid=aVreBEdY.5cg

Friday, May 12, 2006

O dinheiro sai como servo e volta como amo


A inflação vai arrasar completamente o sistema financeiro das familias. Podemos estar a entrar num processo de hiper-inflação semelhante ao que aconteceu na Alemanha de Weimar em que os salários eram pagos diariamente porque no dia seguinte teriam de aumentar, um almoço fraquinho custava 1 milhão de marcos e haviam notas, como a que aqui está representada de 5 biliões de marcos chegando mesmo a haver uma de 10 biliões. Isto deu-se num periodo em que já tinha sido inventado o dinheiro, o crédito, o mercado bolsista e já se conhecia perfeitamente o fenomeno da inflação. Foi há menos de um século.
De momento a única coisa que nos segura de um periodo semelhante é exactamente as dividas aos bancos, pois qualquer aumento no stock de moeda, isto é, qualquer injecção de moeda no mercado é absorvida pelas dividas que todo o sistema tem. Como as dividas são imensas podemos estar relativamente descansados em relação à hiper-inflação mas não em relação à super-inflação. A nao ser, claro, que o sistema impluda.
Já na Biblia se diz que o devedor é escravo do credor. E por isso mesmo percebe-se perfeitamente que o mundo ocidentalizado está a apostar claramente na inflação como a sua única salvação, quer conscientemente quer inconscientemente. Só com o disparar desta é que as dividas se poderão alguma vez pagar, pois é impossivel repor um endividamento familiar de 118% de novo no trilho certo, sobretudo quando toda a economia se está a ajustar às novas condiçoes do mercado.
Assim, os agarrados às dividas, contam com os bancos centrais para continuar a desvalorizar as suas moedas de modo a fazerem face aos seus pagamentos mensais e assim arruinar os seus credores em vez deles próprios. É uma jogada tipica mas sempre falhada. Assim, toda a gente deseja veladamente uma grave crise inflacionista de modo a sorrateiramente verem os seus bancos deixarem de os chatear a toda a hora.
E como é impossivel a um banco central controlar simultaneamente a quantidade e a qualidade do dinheiro que emite, a inflação que neste momento serve para conseguir que o maior numero de pessoas pague o que deve, vai tambem servir para arruinar o bem estar de cada familia pois não vai poder comprar os bens essenciais.
Os primeiros passos já foram dados e toda a gente os vê. Tudo o que não é fabricado na Asia está a aumentar de preço exponencialmente. A saúde, educação, impostos, serviços, bens de primeira necessidade e tudo o mais não pára de aumentar de preço. Esqueçam a inflação oficial e refiram-se às vossas observaçoes pessoais. Só mesmo os produtos que vêm da China é que continuam competitivos.
Meus amigos, o ouro não está a aumentar sozinho. Tudo o que é industrial está a explodir em frente dos nossos olhos. O cobre aumentou brutalmente e nunca esteve tao alto na história do planeta. A prata também. A platina, o paládio, o ródio e o petroleo exactamente a mesma coisa. E a procura continua a existir. Ainda ontem li num jornal que se estava a tornar um flagelo o roubo de postes de electricidade por causa do aluminio e do cobre. Quem não está na industria nem se apercebe.
Também poucos se apercebem que nos EUA já existe gente a colocar no prego bens que possui para colocar gasolina no carro. Não é ficção, muitos jornais já falam disto. Sabem qual é o preço da gasolina nos EUA? 2,99 dolares por galão, ou seja, uns miseros 59 centimos de EURO por litro!
O mundo ocidental habituou-se a usar e abusar dos recursos sem pagar por eles e agora vao ter uma bela surpresa. Os portugueses vao ter de trabalhar para viver, o que me deixa muitas duvidas quanto à sua sobrevivencia. A taxa de poupança familiar dos países asiáticos é de 40%, a nossa é negativa.
Que raio de luz ao fundo do tunel é que as pessoas vêem? Por que raio é que as pessoas tomam decisões financeiras para quando isto “estiver melhor”? Conheço muitas pessoas que preferiram comprar uma casa sem vender a que tinham suportando agora com dificuldade 2 prestaçoes SÓ de JUROS, porque acredita que pode vender a casa antiga mais tarde “quando isto estiver melhor”!
Meus caros, melhor que ter as coisas quase de borla e sem trabalhar é impossivel, agora só pode piorar. A China e a India não se irão embora. Pior, eles é que tomarão conta da nossa economia pois as dividas comerciais a estes países estão agora a transformar-se em monstros papões financeiros, ou seja, o dinheiro sai como escravo e regressa como amo. Como? Simples, o dinheiro sai dos nossos países altamente civilizados para ir comprar os produtos ao preço da chuva à China. E lá eles usam o dinheiro para comprar as nossas grandes empresas. Os EUA já sofrem deste problema gravemente. A divida publica dos EUA à China já deu para os chineses usarem esse crédito para comprar grandes gigantes financeiros e industriais aos americanos. Só desde o principio do ano mais de 50% das autoestradas com portagem dos EUA são propriedade de chineses. Impensavel até há bem pouco tempo.
Desde o ano 2000 até agora o mundo tem assistido a uma completa reviravolta no sistema financeiro, as pessoas ficaram completamente escravas do dinheiro e dos bancos e parece que nem com uma crise grave se apercebem que já não controlam as suas vidas.
Mais uma vez recordo, estamos a viver os primeiros tempos de uma ditadura global, ainda por cima consentida pelas pessoas. Hoje ninguém se importa com isso, amanhã ninguem se vai poder importar com isso.Mas lá está, quem não sabe nada de História está condenado a repeti-la e o mundo já passou por isto tantas vezes e por tantas vezes se disse que desta ia ser diferente.
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