Sunday, October 16, 2005

Irao-Contra (Irao)

De dia para dia as evidencias acumulam. Conforme estava devidamente previsto, por alguns ataques terroristas que acontecerão por aí serão serão responsabilizados os iranianos, de modo a legitimar a intervençao, como querem fazer crer destes : http://news.yahoo.com/s/nm/20051016/ts_nm/iran_dc
Os iranianos respondem que nas bombas que explodiram em territorio do Irao estava a marca da inteligencia inglesa, os ingleses e americanos ripostam dizendo que os atentados sao da responsabilidade do governo do Irão. Para mim está obvio. Em consonancia com isto está o facto de hoje ter aparecido morto um alto responsavel britanico encarregado de investigar a fundo as operaçoes secretas inglesas no Medio Oriente. Apareceu morto dentro da base, acrescente-se.
Virão aí mais atentados com o intuito de criar na opiniao publica a ideia de que o Irão é o novo estado terrorista, ideia essa que hoje, dia 16 de Outubro ainda nao existe nas mentes das pessoas. Quanto é que apostam que de hoje a tres meses toda a gente pensará que o Irao sempre esteve por detrás dos atentados terroristas.
Transcrevo aqui a noticia, pois acho-a de tal modo ridicula que merece uma observaçao atenta ao futuro proximo, as peças do puzzle juntam-se rapidamente e falta muito pouco...

TEHRAN/LONDON (Reuters) -

Five people were killed in twin bombings in southwest Iran on Saturday.
"We are very suspicious about the role of British forces in perpetrating such terrorist acts," the ISNA student news agency quoted Iranian President Mahmoud Ahmadinejad as saying.
"Our people are used to these kind of incidents, and our intelligence agents found the footprints of Britain in the same incidents before," Ahmadinejad said during a cabinet meeting.
"We think the presence of British forces in southern
Iraq' name=c1> SEARCHNews News Photos Images Web' name=c3> Iraq and near the Iranian border is a factor behind insecurity for the Iraqi and Iranian people," he added.
Britain, which has more than 8,000 troops in southern Iraq, has denied any link with the two bombs in the oil city Ahvaz, which injured more than 80, and with the string of attacks this year in Khuzestan province, the center of Iran's oil industry.
No one has claimed responsibility for the homemade bombs, planted in garbage bins and detonated a few minutes apart.
Ahmadinejad's remarks raised tension between Tehran and London to new heights. Relations were already sensitive because talks between Iran and Britain, France and Germany on Iran's controversial nuclear program broke down in August.
Britain and the United States have accused Iran or the Tehran-backed Lebanese group Hizbollah of providing military expertise to Iraqi insurgents behind attacks on British troops in southern Iraq.
Iran denies meddling in Iraq and says the accusations against it are psychological warfare tied to efforts by Washington and London to report Tehran to the
U.N. Security Council' name=c1> SEARCHNews News Photos Images Web' name=c3> U.N. Security Council for possible sanctions over its nuclear program.
British Prime Minister
Tony Blair' name=c1> SEARCHNews News Photos Images Web' name=c3> Tony Blair said this month there was evidence that Iran or Hizbollah was the source of sophisticated technology used in roadside bombs, known as improvised explosive devices (IEDs), used against British soldiers in Iraq.
WARNING OVER IEDs
U.S. Secretary of State
Condoleezza Rice' name=c1> SEARCHNews News Photos Images Web' name=c3> Condoleezza Rice said on Sunday that Washington had warned Tehran over the issue.
"We have tried to deliver a message ... about this issue of IEDs in southern Iraq," Rice told reporters while in London for talks with Blair. "We have channels with which to do it. But we use them sternly and pretty specifically to deliver messages."
The Iranian ambassador in London, Mohammed Hossein Adeli, told BBC's Radio 4 his country did not support the use of violence against British troops in Iraq and said stability in Iraq was in Iran's best interest.
Adeli denied any suggestion Iran had supplied explosive devices to Iraqi insurgents. "We have already rejected categorically any link between Iran and the incidents that have taken place with British troops," he said.
British Foreign Secretary Jack Straw, speaking separately to BBC radio, said Britain had given Iran "evidence which in our judgment clearly links the improvised explosive devices which have been used against British and other troops mainly in the south of Iraq to Hizbollah and Iran."
"We look to the Iranians to desist from anything they have been involved with in the past and to use their very considerable influence with Hizbollah to ensure this continued use ... stops in Iraq."
Hizbollah has also denied any links to the Iraq bombs.
Blair has said the Iraq bombings may have been an attempt by Iran to intimidate Britain over its tough stance in talks to limit Tehran's use of nuclear technology.
Adeli, on the other hand, said it was suspicious that charges of Iranian influence had arisen at this time. "This leads us to at least think ... this is used to put pressure on Iran over nuclear matters."

Tuesday, October 11, 2005

"Não é o fim nem o principio do fim, quando muito é o fim do principio"

Entrámos na derradeira etapa para uma guerra global. Tudo o que estava previsto aconteceu, as ultimas semanas têm sido uma sucessão abrupta de acontecimentos previstos exactamente para o inicio do conflito.
- Já ninguém duvida do ataque ao Irao.
Até agora era uma possibilidade remota, hoje uma questão de saber o dia. Já se encostou o Irão à parede com exigencias absurdas acerca do seu programa nuclear até agora sempre observado pela Agencia Internacional para a Energia Atomica. Obrigou-se uma nação a passar por cima de si e perder a sua soberania para provocar uma reacção musculada do Irão. Humilhou-se o povo iraniano com os americanos a exigirem cada vez mais acesso indiscriminado às bases militares iranianas de modo a provocar uma reacção negativa. Isso já aconteceu. O Irão colocou o seu programa nuclear nas mãos dos seus militares e avisou que uma agressão por parte de Israel seria respondida na mesma moeda. A bolsa petrolifera iraniana, responsavel pelo conflito que aí vem (conforme texto já descrito neste mesmo blog), vai mesmo abrir.
- As reservas monetárias internacionais desviam-se do Dolar.
Nestas ultimas semanas, assistiu-se a uma saída global do investimento em dolares. Neste momento os EUA nao conseguem suprir esta falta de procura da moeda americana e prevê-se uma desvalorização incrivelmente rápida da mesma caso a China, a Russia, o Irão ou a Venezuela cumpram o que disseram nos ultimos dias de desviarem as suas reservas estratégicas de moeda para fora do dolar. O Irão falo-á quando da abertura da sua bolsa de petroleo, Hugo Chavez da Venezuela afirmou no Brazil que o mesmo vai suceder a breve prazo na Venezuela para contrapor com as ameaças de guerra feitas pelos EUA ao seu país, a China começou em Setembro a trocar os seus dolares por ouro, incentivando pela primeira vez na história do país comunista à propriedade do ouro por parte dos seus cidadãos, ao mesmo tempo que desfaz a relação yuan-dolar. O deficit americano agrava-se de dia para dia, sem o fim da guerra à vista, o futuro é facil de prever. Qualquer reacção mais forte de qualquer destes países será o fim para a estabilidade do dolar.
- Escandalo na Casa Branca.
O escandalo Karl Rover ameaça tornar-se o novo Watergate nos EUA. É necessário desviar as atençoes para outro lado.
- O primeiro imposto mundial é posto em prática.
Vai ser posto a votação muito brevemente um imposto sobre o barril do petroleo que reverterá exclusivamente para as Nacoes Unidas.
- Os EUA afirmam utilizar armas nucleares preventivamente.
Inverteu-se por completo a estratégia da Guerra Fria de não ser o primeiro a usar armas nucleares. Em Julho o senado norte americano votou uma lei que permite aos militares, sob ordem de Bush, utilizarem armas de destruição maciça preventivamente. Mais palavras para quê? se não estivesse prevista essa mesma hipotese não era preciso votá-la. O Irão será atacado com armas nucleares cirurgicos, de modo a evitar uma invasão terrestre e desabilitar as respostas militares iranianas. O plano foi concebido antes da invasao ao Iraque.
- A gripe das aves vai distraír o mundo.
Para distraír a opiniao publica do verdadeiro ataque, fala-se já ha mais de 2 anos ser a gripe das aves uma arma de distração perfeita. Todos olharao para a sua saude, entrarão em pânico e esquecerão tudo o resto. Se morrerem alguns milhares desta gripe tanto melhor. Também já saiu um plano da Casa Branca para recorrer à lei marcial num caso de pandemia de gripe das aves, tudo dito em directo e numa conferencia de imprensa este mês.
- A bolha imobiliaria norte americana rebentou.
A incrivel valorização do imobiliário na America acabou de acabar. Toda a população recorreu ao credito bancário alavancado sobre os ganhos do valor da sua casa, fazendo aumentar os preços do imobliario sem parar até à ultima semana de Setembro. Em 3 meses, até ao principio de Outubro, o preço de mercado do imobiliário em Manhattan desceu 13%. Acabou assim de forma quase repentina o poder de recorrer ao credito para tapar buracos nos orçamentos familiares. Os efeitos far-se-ão sentir muito brevemente.
- A inflação começou a subir quase em todo o mundo civilizado.
Os efeitos da alta do petroleo e da crise economica, fazem subir os preços para manter margens de lucro. Para combater esta tendencia deve-se seguir a alta dos juros também. Na America já subiram este mês, na Europa muito brevemente. Veja a publicidade do credito habitação do Totta, que aposta na subida dos juros.
- A militarização brusca da China.
Recentemente assiste-se a uma corrida ao armamento por parte da China. Ninguém sabe as suas intenções, mas os países vizinhos como a Coreia e o Japão já não dormem descansados. Esta militarização está em marcha a tal ritmo que ao nível naval, os peritos crêem estar a par dos EUA, atingindo um poder de 3 para 1 em 2025. Um cientista dissidente, disse recentemente estar em marcha um plano de guerra nuclear de modo a desviar as atençoes da imponente corrupçao na sociedade chinesa. Com a deslocalização das fabricas americanas para a China, a industria de guerra dos EUA está também à mercê de um golpe militar chinês. Aposto na invasão de Taiwan quando a guerra com o Irão estiver em marcha plena.
- A união militar China-Russia.
Nos ultimos 6 meses, assistimos a uma operação inédita de cooperação militar Russia-China. Ainda por cima no mais puro segredo. Até Nostradamus já falava disto...
- A Al Qaeda passa a incluir o petroleo como arma contra o ocidente.
Tendo prometido que não usaria os poços de petroleo e as pipelines do medio oriente como arma, Bin Laden retratou-se em Dezembro ultimo dizendo poderem estes ser alvos da Al Qaeda na sua luta para “sangrar a America até morrer”. Depois do Katrina e do Rita, tornou-se evidente que a procura de petroleo está tão rigida que qualquer pequeno evento faz disparar os seus preços. Isto será aproveitado pelos terroristas para fazer subir descontroladamente o preço do crude, fazendo danos substanciais algures nos milhares de quilometros de pipelines e edificios industriais petroliferos do médio oriente. Nada mais fácil.
- Israel avisou do ataque iminente ao Irão.
Generais israelitas avisaram de um possivel ataque israelita a um complexo nuclear civil, prestes a entrar em operações. Este reactor foi financiado e gerido por ordem directa de Putin.
- A economia não arranca sozinha.
Não havendo fim à vista para a crise económica, e com fundados receios de pela primeira vez na história mundial o planeta entrar em recessão todo ao mesmo tempo, a solução histórica tem sido sempre a mesma – a guerra.
- A instabilidade política na Europa.
Referendos a dar o não à Europa por todo o lado, ninguém saber quem tem direito a governar na Alemanha, etc. Só um conflito grave ou algo realmente mau é que pode dar aos europeus a vontade de voltar a reunificar a Europa. E isso é o mais facil de arranjar. Neste momento os cidadãos dos países desenvolvidos viram as costas à Europa, em breve desesperarão por que esta seja uma realidade, basta lhes darem uma crise grave.
- O ouro começou a sua subida imparável.
Penso que para rematar todos estes acontecimentos que já estavam previstos mas esperavam acontecer, temos o caso do ouro que é de todos o mais sintomático. Temos um plano organizado pela banca internacional em marcha desde 1995 para venda de mais de 40% das reservas nacionais de ouro de todos os países proprietários do mesmo. Temos pois que nos ultimos 10 anos, assistimos a um inundar de ouro os mercados mundiais, pois todos os países se desfizeram do mesmo. Portugal perdeu 90 toneladas de ouro nos ultimos 5 anos e os analistas de merdado internacionais prevêm que 52% das reservas de ouro portuguesas sejam alienadas até ao final de 2006, o máximo permitido pelo Banco Central Europeu. Só a Suiça vendeu 1290 toneladas e prevê-se muito mais em 2006. Mas acontece que o preço do ouro não desceu nem um bocadinho. Foi todo absorvido por investidores particulares, quais eminencias pardas que prevêm o futuro. Nas ultimas 2 semanas o ouro atingiu o seu maximo de 17 anos! O previsto é que o conflito mundial começaria quando o preço do ouro disparasse sem fim à vista. Acabou de acontecer, e em todas as moedas. Os cidadãos dos países com ouro, foram expoliados do seu bem mais precioso, para o transferir para alguém muito bem informado ao longo destes 10 anos, pois mesmo com esta enxorrada de ouro no mercado, o preço continuou alto e mesmo assim foi todo absorvido por desconhecidos. Consultem qualquer site onde vejam a evolução do preço do ouro e reflictam ( por exemplo, http://www.kitco.com/LFgif/au0365nyb.gif ).


Tudo o que aqui é descrito aconteceu nos ultimos meses, quase que abruptamente. A ajudar à festa poderá estar este ramadão até meio de Dezembro, onde ataques terroristas espectaculares podem acontecer pelo mundo inteiro, de modo a legitimar uma intervençao no Irão antes de Março, data da abertura da bolsa de petroleo, que os americanos necessitam impedir. Um ataque a interesses americanos, verdadeiro ou manipulado pelos serviços secretos israelitas, seria a desculpa ideal para envolver os EUA numa guerra inevitavel. A China, aproveitaria o balanço para a invasão a Taiwan, obrigando os EUA a intervir ao abrigo da aliança entre Taiwan e os americanos. A Venezuela e a Coreia do Norte serão também palcos de intervençoes militares e os russos, a entrarem no conflito, só o farão ao lado da China, conforme as declarações recentes russas. Itália, Austrália, França, Alemanha e Reino Unido estão na lista negra para ataques destruidores por parte dos terroristas, de modo a obrigar a Europa a entrar no conflito.
Na ultima semana tivemos um aviso dos serviços secretos italianos, alertando para a possibilidade de material nuclear nas mãos de terroristas estar já em território transalpino. Ataques informáticos são mais que provaveis, levando a um caos de tal modo grande, que os utilizadores da internet verão com bons olhos a substituição completa da internet por uma rede completamente institucional, onde tudo será transaccionavel e a liberdade de expressão será banida. Esta rede já existe em experimentação desde 2001, chama-se internet 2. Tudo começará por www2. Existem já alguns sites com estes dominios. Assim, em nome de banir da rede sites pró-terroristas e de proteger os cidadaos da pirataria informatica e financeira, toda a gente aceitará de bom grado o controle completo do que passa na rede.
Aposto também num ataque de larga escala aos EUA, talvez num jogo de futebol americano, num parque de diversões ou centro comercial e/ou uma deflagração nuclear numa cidade de tamanho médio, de modo a colocar nos americanos a sensação de não se estar a salvo em lado algum.

Penso que juntando as peças do puzzle, o resultado é obvio, estamos perto do conflito generalizado, penso que as pessoas não dão conta por darem certos valores e condições por adquiridos ( veja-se a crise que se vive por causa dos direitos adquiridos, mesmos quando os periodos são de recessão profunda). Devemo-nos lembrar no entanto, que nunca a Europa viveu um periodo de mais de uma geração em paz ou sem incidentes graves economico-politicos. Este periodo de acalmia aparente que herdámos da guerra fria só nos vai fazer sofrer mais quando a realidade nos bater à porta. Conseguimos imaginar pessoas como os nossos avós a pensar no modo de elaborar as canalizações de um pavilhao de maneira a poder lançar agua ou gás pelas mesmas? O holocausto está a 2 gerações de distância! Os massacres nos balcãs foram há 10 anos! O furacão katrina foi há 1 mês! Não são as reacções dos seres humanos as mesmas?Apetece-me terminar com a frase do Churchill antes da guerra : “Não estamos no fim, nem no principio do fim, quando muito estamos no fim do principio”.

Sunday, October 09, 2005

Em que outro país do mundo...

Em que outro país do mundo, sem ser na America Latina e na Africa sub-sahariana, poderia acontecer o que acontece em Portugal?
Em que país mais ou menos civilizado um arguido condenado em Tribunal, uma fugitiva da lei, um ladrão de dinheiros públicos com contas na Suiça e um mafioso confesso, poderiam candidatar-se a umas eleições e terem gente a votar neles? O povinho vota neles e ainda os defende aguerridamente, como se de grandes amigos se tratassem.
Bem sei que os outros politicos são talvez piores, mas não é ridiculamente e intrinsecamente mau?
Não fica bem à vista o chico-espertismo português, achando que quem rouba o estado é que faz bem?
E se a nossa Fatinha Felgueiras contribuiu para um saco azul que beneficiava o PS, não deveria ser o PS a não concorrer a essas eleições?
Triste povo este...

Portugal - O Insustentável Desespero por um Tacho

Já viram como esta campanha eleitoral esteve carregada de agressividade? Até chegou a haver 2 mortes! Meus amigos, disse-me pessoalmente um candidato em lugar elegivel para uma grande câmara do país, que por acaso é estrangeiro (africano) que o que corre por entre a comunidade negra de topo, advogados, deputados, etc que por cá estão, que agora é o tempo para partir daqui. Isto está a dar as ultimas e que estar em Portugal agora é ficar com a batata quente na mão.
Nesta campanha foi demasiado evidente que todos têm muito a perder, que os politicos sabem que se têm de agarrar ao tacho para estes 4 anos vindouros ou ainda acabam por passar fome como todos os outros portugueses. Desde o Verão quente que não se assistia a nada tão violento.
Sem sinais de retoma à vista (nem um vislumbre longinquo) aconselho prudência nos investimentos( casas, mas sobretudo carros), previnam-se para salários 25% mais baixos que os actuais, para o gasoleo a 1,5€ o litro e o juro subir para combater a inflação que se avizinha. Os impostos vão aumentar bastante para alimentar a mastodontica maquina do estado, tendo como escalaão máximo os 52%, aumentando em conformidade todos os outros escaloes.
Enquanto o povinho refila com a parvoíce dos direitos adquiridos, vao-lhe ao bolso sem ele dar conta, no fim ainda agradece.
Vão ser tempos como nunca se viu em Portugal e no Mundo.
Repito, NAO HA SINAIS DE RETOMA, tudo o que se ouve de uma tenue recuperação é conjuntural e muito passageira, e sem sinais de retoma, nada pode melhorar.
Os politicos sabem-no, e desesperam...

Friday, October 07, 2005

O colapso da economia mundial está à vista, Adam Smith Revisitado

Liberais e adeptos do comercio livre estão a ressuscitar Marx e a luta de classes sem disso darem conta.
Cegos pela torrente liberal e pelo seu ódio ao comunismo, esta gente está a chamar até si todos os grandes males do colectivismo ao mesmo tempo que promovem o inicio de uma luta de classes sem precedentes. Agarrados a teorias que todos conhecemos desde há 200 anos, teorias fundadas pelos pais da economia moderna Adam Smith e David Ricardo, não percebem que aquilo que tanto apregoam como benéfico lhes vai trazer a ruína a médio prazo e o colapso do sistema financeiro actual.
Estas teorias, baseadas na vantagem comparativa e competitiva entre nações, advogava que existem custos internos de produção diferentes para cada país e que isso tornava o país único, com vantagens em relação à produção de alguns produtos e defices em relação a outros. Assim, era mais fácil a Portugal produzir cortiça do que produzir tâmaras, ao passo que para Marrocos era exactamente o inverso. E assim cada país alocava os seus recursos escassos na produção do que melhor sabia fazer e prosperava no comércio livre entre as nações com produtos únicos baseados no seu clima ou geografia. De facto, produzir um item em excesso fazia descer o preço e deixar de ser interessante a produção do mesmo, logo o mercado era regulado pela lei da oferta e da procura, a mão invisível de Adam Smith.
E é nesta base de pensamento que os arautos do livre comércio vivem, argumentando que a curto prazo a globalização e o comércio sem restrições podem causar desiquilibrios mas que em breve o mercado se irá auto-regular. Dizem que cada país se irá especializar nalguns itens transaccionáveis e poderá então competir em larga escala. Isto intrinsecamente é bom pois os marroquinos recebem boas rolhas de cortiça portuguesa em troca das tamaras em excesso que produzem. Uma relação ganha-ganha.
Mas nada mais errado. E custa-me a perceber que ainda tão pouca gente o tenha percebido.
Hoje em dia, o capital é bem mais móvel que os bens que são transaccionados. A produção de qualquer produto é baseada no conhecimento adquirido e na forma produção de modo a ter os mais baixos custos possiveis. Assim, é possivel produzir qualquer coisa em qualquer lado, desde que haja matéria prima, e capital, financeiro e humano. Fica mais barato levar a cortiça de Portugal e molda-la na China do que executar todo o serviço no mesmo país. Quando uma fábrica de texteis fecha no Norte do país e, continuando portuguesa, se vai relocar na China, está a haver uma transferencia de tecnologia e saber fazer para os chineses, sem Portugal ganhar nada em troca. Criam-se 4 ou 5 empregos de topo para gestores portugueses muito bem pagos, e colocam-se no desemprego 100 ou 200 trabalhadores portugueses mais caros.
É uma relação ganha(China)-perde(Portugal). E isto está a acontecer por todo o mundo. Produzir tudo em qualquer lado onde os custos são menores. Uma relocação de uma fábrica portuguesa para a China não resulta do facto de uma firma chinesa ter uma vantagem competitiva em relação à portuguesa, mas uma firma portuguesa ganhar uma vantagem absoluta no trabalho mal pago chinês. Obviamente, onde se lê firma portuguesa se deve ler americana, alemã ou inglesa, por exemplo.
Os advogados do comércio livre esquecem-se que os recursos obtidos das trocas comerciais deve ser reinvestido dentro das fronteiras para funcionar como multiplicador do factor de vantagem comparativa, mas isso não acontece. O comercio livre deveria ser um fluxo de beneficio mutuo, mas neste caso o país de origem perde capital, investido e deslocado para a China, perde tecnologia, também deslocalizada para a China e o país receptor ganha. Será dificil entender?
E será também assim tão dificil de entender que o mesmo acontecerá com os recursos humanos?
O próprio trabalho técnico dentro das fronteiras dos países industrializados começa também ele a reger-se pelas mesmas regras. Custa o mesmo ou menos formar um engenheiro indiano ou chinês, mas custa muito menos mante-lo. Trabalham por menos dinheiro. Assim que a fabrica de texteis portuguesa se reloca para a China, também o seu departamento de Investigação e Desenvolvimento lhe seguirá. Usará então os recursos chineses mais baratos e com a mesma formação em deterimento dos portugueses, excepção para algumas profissões de topo.
Nos EUA, por exemplo, não é criado um novo emprego em tecnologias de informação desde o ano 2000. Em 600.000 vistos de entrada e trabalho para os EUA em Agosto de 2005, 39% eram para trabalhadores com profissões relacionadas com a tecnologia. Existe neste momento, ao invés do que é percebido, uma taxa de desemprego em profissionais das TI´s na ordem do 12%, bem acima da média nacional. Se 39% dos novos imigrantes com contrato de trabalho são para profissões relacionadas com tecnologias de informação e a taxa de desemprego entre profissionais da mesma area norte americanos é tão elevada, percebemos onde está o gato. As empresas contratam trabalhadores especializados por muito menos dinheiro, importando assim mão de obra.
Não há, de momento, novos empregos criados em sectores de alta produtividade. Os ultimos números indicam criação de empregos apenas em areas não transaccionaveis como serviços domésticos e de acompanhamento social, sectores pagos abaixo da média.
Para deitar alguma areia para os olhos do público norte americano, estimula-se a compra de produtos nacionais, esquecendo-se que as industrias norte americanas que permaneceram no seu território são meras unidades de assemblagem de peças feitas no estrangeiro, China, Taiwan ou coisa parecida. Estas unidades de mera montagem não necessitam de engenheiros ou cientistas.
É este o choque em que o mundo vai brevemente acordar. O facto de estarmos a caminho da terceiro-mundialização de toda a humanidade, de tornar o Homem como escravo dele próprio ao serviço de uma minuscula minoria governante, que acredita saber o que é melhor para cada um de nós.Temos a direita liberal a acreditar em teorias erradas e a fortalecer a esquerda e a esquerda sindicalista a fazer o frete às grandes multinacionais ao reduzir o jogo ao nós contra eles. Ambos, sem o saberem estão a ser manipulados para levarem o mundo a aceitar condições de trabalho sub-humanas, pois será essa a única alternativa para sobreviver. Vive-se hoje com certos dogmas inquestionáveis, principios de liberdade, fraternidade e igualdade sem nos apercebermos que é exactamente isso que é pretendido de nós. Mas isso ficará para a próxima.
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