Adeus Mighty Dollar, Farewell, ou O Fim do Mundo Como Nos Habituámos a Conhecer
Foi em 2001 quando Saddam anunciou a saída do sistema dolar para recorrer ao euro nas transações petroliferas que assinou a sentença de morte do seu país, pois começava a ser planeada a invasão do Iraque pelos comandos militares dos EUA. Isto serviria como um aviso aos outros países produtores de petroleo para não tentarem coisa semelhante. O problema é que alguns países não quiseram saber disso e anunciam agora várias atitudes de confronto em relação à moeda norte americana. A China, detentora de 7% da dívida pública americana, revelou o mês passado que se iria concentrar em outras moedas em deterimento do dollar, pois o risco começa a ser grande. Com a fragilidade do dolar, esses titulos de divida em posse da China valerão cada vez menos. Já falam até em utilizar o euro temporariamente nas transações comerciais internacionais. Um sintoma do desconforto chinês em relação ao futuro da moeda americana é o recém anunciado incentivo aos chineses para investirem em ouro. Ouro que não pára de se valorizar, tendo atingido a semana passada o seu máximo histórico de 17 anos em torno dos 450 US$ a onça, falando-se já em valores próximos dos 800 US$/onça.
Já outros países anunciaram posições semelhantes à chinesa, caso do Japão e da Venezuela, que deixam antever uma grave crise da moeda norte americana. Não havendo procura não há limite para a desvalorização dessa moeda, pois não está suportada por ouro.
Mais revelador é a posição dos países da OPEP ( exportadores de petróleo) que apesar de terem as transações feitas em dolares têm apenas uma reserva mínima de 120 bilioes de dolares quando se fazem mais de 5.5 bilioes de dolares por dia em vendas de petroleo. Isto significa que estes activos estão a ser investidos noutra coisa, provavelmente euros ou ouro. As ultimas estatisticas da reserva federal mostram que os investimentos internacionais estão mais diversificados desde os ultimos 2 anos e que as reservas monetárias internacionais em dolares passaram de 70% para 62% nos ultimos meses. Meses!! Saberão eles algo que nós não sabemos?
Mas voltando ao Irão. Quando a referida bolsa de petroleo abrir em Março, é a machadada final no monopólio monetário do dolar. Ninguém acredita que os iranianos usem a moeda americana para base do seu sistema, até porque será uma arma contra as armas nucleares que os ameaçam. O monopólio de 57 anos do dolar terá chegado ao fim. Terá a não ser que a bolsa não abra, por exemplo por causa de uma invasão americana do Irão. Já não se fala noutra coisa, já parece um dado adquirido que o Irão virá a seguir. Talvez a Siria antes para despistar, mas o Irão sem duvida está na lista. Mas como mudar as mentalidades do mundo em tão pouco tempo para permitir uma invasão antes de Março de 2006? Fácil, esperemos pelos anunciados atentados da Al Qaeda para o Ramadão deste ano. Deverão acontecer algures entre 05 de Outubro próximo e 15 de Dezembro e já estão catalogados como de magnitude igual ou superior aos de Londres e Manhattan, possivelmente nos EUA, Itália e Austrália. Ainda ontem ouvimos no Telejornal que os serviços secretos italianos afirmam já estar há mais de um mês, material nuclear em território italiano. Veremos.O plano de Nova Ordem Mundial está em fase de conclusão, falarei noutro texto da pressão sobre o trabalho e o emprego que se sente agora, e das teorias falidas de David Ricardo e Adam Smith.