Thursday, September 22, 2005

Adeus Mighty Dollar, Farewell, ou O Fim do Mundo Como Nos Habituámos a Conhecer

Dia 16 de Março de 2006 está prevista a abertura da nova Bolsa Petrolifera do Irão. Depois de adiada esta abertura uma vez, não me parece plausível um segundo adiamento. E que tem este facto de relevante para a economia mundial? Tudo. É por causa desta acção que os EUA prevêm um ataque nuclear ao Irão, para impedir tal coisa de acontecer. Com o dollar pelas ruas da amargura, e tendo em conta que o valor do mesmo só se mantém elevado quando a procura também é elevada, reconhece-se um padrão nas acções militares norte americanas. Estão desesperadamente em busca de salvação para a sua economia praticamente moribunda. O dollar é uma moeda cujo valor sempre esteve no facto de ser facilmente convertível em qualquer parte do mundo, todas as transacções mundiais se faziam nesta moeda, todos os países do mundo acumulavamreservas monetárias em dolares de modo a ficarem solventes em qualquer crise, pois era uma moeda estável. Acontece que a dívida pública americana aumentou exponencialmente com a administração Bush, atingindo valores impensáveis de modo a que a única solução viavel para conter esse monstro chamado défice era a emissão de mais moeda. Emitia-se mais moeda e tentava-se manter a procura no dolar em alta de modo a que cada nota emitida valesse o mais possivel, simplesmente falando. Refira-se que o dollar é emitido pela Reserva Federal Americana, entidade para espanto de muitos, privada, com uma estrutura accionista conhecida e sem intervenção do governo. É verdade, quem faz o dinheiro na América são as grandes familias Rockfeller e Rotschild entre outras, fruto de um golpe violento de ataque ao governo americano durante a grande depressão de 1929, contas de outro rosário, um dia falo disso.
Foi em 2001 quando Saddam anunciou a saída do sistema dolar para recorrer ao euro nas transações petroliferas que assinou a sentença de morte do seu país, pois começava a ser planeada a invasão do Iraque pelos comandos militares dos EUA. Isto serviria como um aviso aos outros países produtores de petroleo para não tentarem coisa semelhante. O problema é que alguns países não quiseram saber disso e anunciam agora várias atitudes de confronto em relação à moeda norte americana. A China, detentora de 7% da dívida pública americana, revelou o mês passado que se iria concentrar em outras moedas em deterimento do dollar, pois o risco começa a ser grande. Com a fragilidade do dolar, esses titulos de divida em posse da China valerão cada vez menos. Já falam até em utilizar o euro temporariamente nas transações comerciais internacionais. Um sintoma do desconforto chinês em relação ao futuro da moeda americana é o recém anunciado incentivo aos chineses para investirem em ouro. Ouro que não pára de se valorizar, tendo atingido a semana passada o seu máximo histórico de 17 anos em torno dos 450 US$ a onça, falando-se já em valores próximos dos 800 US$/onça.
Já outros países anunciaram posições semelhantes à chinesa, caso do Japão e da Venezuela, que deixam antever uma grave crise da moeda norte americana. Não havendo procura não há limite para a desvalorização dessa moeda, pois não está suportada por ouro.
Mais revelador é a posição dos países da OPEP ( exportadores de petróleo) que apesar de terem as transações feitas em dolares têm apenas uma reserva mínima de 120 bilioes de dolares quando se fazem mais de 5.5 bilioes de dolares por dia em vendas de petroleo. Isto significa que estes activos estão a ser investidos noutra coisa, provavelmente euros ou ouro. As ultimas estatisticas da reserva federal mostram que os investimentos internacionais estão mais diversificados desde os ultimos 2 anos e que as reservas monetárias internacionais em dolares passaram de 70% para 62% nos ultimos meses. Meses!! Saberão eles algo que nós não sabemos?
Mas voltando ao Irão. Quando a referida bolsa de petroleo abrir em Março, é a machadada final no monopólio monetário do dolar. Ninguém acredita que os iranianos usem a moeda americana para base do seu sistema, até porque será uma arma contra as armas nucleares que os ameaçam. O monopólio de 57 anos do dolar terá chegado ao fim. Terá a não ser que a bolsa não abra, por exemplo por causa de uma invasão americana do Irão. Já não se fala noutra coisa, já parece um dado adquirido que o Irão virá a seguir. Talvez a Siria antes para despistar, mas o Irão sem duvida está na lista. Mas como mudar as mentalidades do mundo em tão pouco tempo para permitir uma invasão antes de Março de 2006? Fácil, esperemos pelos anunciados atentados da Al Qaeda para o Ramadão deste ano. Deverão acontecer algures entre 05 de Outubro próximo e 15 de Dezembro e já estão catalogados como de magnitude igual ou superior aos de Londres e Manhattan, possivelmente nos EUA, Itália e Austrália. Ainda ontem ouvimos no Telejornal que os serviços secretos italianos afirmam já estar há mais de um mês, material nuclear em território italiano. Veremos.O plano de Nova Ordem Mundial está em fase de conclusão, falarei noutro texto da pressão sobre o trabalho e o emprego que se sente agora, e das teorias falidas de David Ricardo e Adam Smith.

Friday, September 16, 2005

O sistema bancário português

Caros amigos, o sistema financeiro português está a ruir por dentro, essa ruína já se sente há alguns anos, sendo agora demasiadamente notória. Tão notória que o Presidente da República já teve de intervir dizendo que os bancos também têm de suportar a crise e não só os desgraçados dos portugueses de classe média. É de facto imoral todos os bancos portugueses apresentarem lucros astronómicos, de mais de 40%, num tempo em que todos os outros negócios se ressentem de uma crise sem fim à vista, e ainda por cima quase unicamente à custa do forte comissionamento sobre os seus clientes, pois a concessão de crédito está a diminuir. Já não existem operações bancárias gratuitas, e até a mera impressão de um simples livro de cheques pode custar 15 a 20 euros, existindo até bancos que cobram uma comissão por cada prestação da casa cobrada. No fundo, os bancos limitam-se a retirar indiscriminadamente dinheiro da conta dos seus clientes, até eventualmente, os clientes já não suportarem mais. E este é um ciclo inquebrável pois quando alguém tenta saír deste sistema de roubo descarado, não colocando o dinheiro no banco, é penalizado pois não poderá comprar casa, por exemplo, por não ter histórico bancário.
Sabemos que uma pequena empresa, vivia muitas vezes de operações bancárias de curto prazo, pois só com esse pequeno crédito podia aproveitar oportunidades de economia em escala com os seus fornecedores e competir assim com as grandes superficies. Acontece, que de um dia para o outro literalmente, este circuito foi quebrado pelos bancos, reduzindo a zero o crédito que estes pequenos empresários usavam, sem aviso prévio, mesmo a clientes sem quaisquer incidentes anteriores. Esta decisão em jeito de cartel, serviu como terapia de choque para os micro-empresários, que lhes retirou capacidade argumentativa pois todos levaram pela mesma bitola. Quem ficou a arder foram sempre os mesmos é claro, milhares de empresários que pautavam a sua vida pelo cumprimento das suas responsabilidades, viram-se com problemas bancários de um dia para o outro, com cheques devolvidos sem aviso, coisa impensável anteriormente. Esta cultura de rigidez bancária foi conseguida à custa dos micro-empresários e dos seus fornecedores que foram obrigados a substituir os bancos na concessão de crédito, fiando aos clientes dos bancos que se viram nesta situação. Assistiu-se a uma onda de falências, pois o capital foi retirado do circuito produtivo por uma das partes sem apelo nem agravo. Ou seja, a crise de consumo de crédito, tão fomentada pelos bancos foi paga pela sociedade civil e pelos negócios da classe média, os bancos viciaram o jogo e depois retiraram-se do mesmo quando os ganhos já tinham sido enormes. Alem do mais, o jogo ficou definitivamente perdido para os pequenos empresários que ficaram com o seu nome manchado nessa altura e por conseguinte vedada a concessão de crédito, nunca se tendo recomposto desde então. Desde então, a única forma de crédito de apoio à tesouraria concedida pelos bancos são livranças ou crédito pessoal, nunca para a empresa, para colocarem o património do cliente envolvido. Estas formas de crédito são extremamente penosas para os contraentes, com taxas de juro absurdamente altas e nunca acreditando na viabilidade da empresa. Perdeu-se assim a funçao primordial dos bancos que era o apoio à criação de riqueza, emprestando a quem não tinha para iniciar um negócio próprio, gerar empregos, etc. Foi desta função social que os bancos se tentaram afastar ao responder ao Presidente da República que essa função era exclusivo das empresas de capital de risco, nada mais errado.
Assistimos à completa demissão de responsabilidades na crise por parte dos maiores causadores da mesma, transmitindo-a para a sociedade, causando por isso falências em empresas perfeitamente viáveis, desemprego, problemas sociais, sem beliscar as projecções dos seus lucros, pois ao mesmo tempo que quebravam as expectativas financeiras dos seus clientes, aumentavam brutalmente as comissões bancárias por operação, despesas de manutenção e penalizações sobre moras, facto que levou os bancos a apresentarem lucros abismais durante o ano passado, ao contrário de toda a economia portuguesa. Vemos depois a triste figura do presidente do Banco Espirito Santo vangloriar-se do seu banco ter apresentado lucros inéditos de 40% à custa do forte comissionamento sobre os seus clientes, num ano de recessão da economia portuguesa.

Só quando se tiver a mesma atitude perante os bancos que os consumidores tiveram com a McDonalds e a industria tabaqueira é que eles podem ver do mal que andam a fazer à sociedade.

Monday, September 12, 2005

Meninos do Euro2004

Ora vamos lá ver se no processo casa-pia, o Bibi não vai sair em Novembro. Se calhar sai mesmo é do país, faz um lifting facial uma limpeza de pele e segue a sua vidinha todo satisfeito. Satisfeito até ver, pode ser que lhe saia o tiro pela culatra quando pensar que já se safou.
Os outros já se safaram todos, o caso prescreve brevemente, o tempo limite de prisão efectiva já foi ultrapassado para todos eles, e à prisa já eles não voltam.De qualquer modo os “meninos” do Euro2004 ainda vão dar que falar neste país, preparem-se para o que aí vem, pois já entrámos na “liga dos campeões” da pedofilia europeia. Vamos ver alguns big fishes a caír e outros bem atrapalhados. Que fique aqui registado.
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